Sem voos diretos entre Fortaleza e Juazeiro do Norte a partir de 10 de março, a conexão entre as duas cidades vai contar com uma oferta 50% maior a partir do Carnaval de 2025, entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março, segundo informou a Guanabara.
Enquanto isso, o Governo do Ceará busca alternativas ao voo da Azul, que teve o cancelamento anunciado. O governador Elmano de Freitas (PT) defendeu, inclusive, a criação de um pacto pelo turismo entre os estados do Nordeste.
Ele participou nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, em Brasília, da primeira reunião do Consórcio Nordeste de 2025.
"Precisamos conversar com as empresas aéreas para ampliar a malha entre os estados do Nordeste. Mais voos entre os estados da nossa região é fundamental para incrementar o turismo e gerar mais emprego e renda", frisou.
Já sobre a ampliação da Guanabara, apesar de ser focada na temporada de festas, também será um termômetro para a companhia que deve absorver parte da demanda aérea. Para isso, diz Rodrigo Mont'Alverne, gerente de Marketing da Guanabara, a empresa já vem se preparando.
“Temos um compromisso com o Cariri. Não vamos deixar a população desassistida. Falamos muito de Fortaleza, mas nós conectamos o Cariri a centenas de cidades”, disse ao jornalista Luciano Cesário em entrevista à rádio O POVO CBN Cariri na manhã desta quarta-feira, 5.
Mont'Alverne conta que são 23 saídas diárias do Cariri para diversos destinos no Nordeste, Norte e Centro-Oeste, para os quais a Guanabara trabalha com ônibus duble deck (de dois andares) e semileito em viagens interestaduais.
Além disso, o diretor de Marketing da companhia informa que os estudos para a implantação de veículos com o serviço cama estão avançados, com as compras dos ônibus previstas para serem fechadas entre fevereiro e março, além da chegada das unidades cerca de cinco meses depois.
“Esse serviço já é usado na Guanabara Sudeste. É um serviço ainda mais segmentado, que é voltado ao público do transporte aéreo, mas com preço mais acessível”, conta, sem revelar os possíveis preços.
Hoje, uma concorrente da Guanabara, a Satélite Norte, já opera o serviço cama entre Fortaleza e Teresina (PI).
Outro destaque do gerente quando o assunto é a captação do cliente dos aviões são as salas VIP, que existem no Sudeste, mas ainda sem previsão de chegar ao Ceará.
Mesmo afirmando que “o transporte aéreo não concorre com a Guanabara”, por a empresa se configurar como um transporte complementar, Mont’Alverne indica que a capilaridade da empresa e o custo menor a colocam como alternativa para os clientes de companhias aéreas.
“De avião, se eu quiser viajar em 48h de Fortaleza para Teresina (PI) ou Recife (PE), eu pago o preço de uma viagem para Londres (ING) ou para Milão (ITA). É um absurdo, muito elevado. Muita gente que não viajava de ônibus começou a viajar”, comparou.
Ciente disso, ele conta dos investimentos da empresa em veículos maiores, como a chegada do cama, mas a ampliação do leito e do semileito para mais destinos. Na prática, conta, usuários de maior poder aquisitivo na busca de praticidade e menor custo são o alvo da investida.
“Isso tem sido feito muito em viagens de 12h, quando sai à noite e chega no destino pela manhã, como entre Fortaleza-Juazeiro-Crato, Fortaleza-Teresina, Fortaleza-Natal. O cliente quer conforto, rapidez a um preço acessível”, exemplifica.