A vice-prefeita de Fortaleza, Gabriella Aguiar (PSD), que também é secretária municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), informou que recebeu a cidade com apenas quatro Centros de Referência de Assistência Social (Cras) sem algum tipo de interdição. Das 27 equipamentos, 17 estavam parcialmente interditados, enquanto 6 estavam completamente sem funcionamento.
"Nós pegamos Fortaleza com 27 Cras, dos quais 17 interditados parcialmente pela Defesa Civil, 6 interditados completamente, então foi uma situação muito alarmante, que exige muito cuidado. Mas é por isso que o prefeito Evandro escolheu a sua vice-prefeita para cuidar dessa área social que é tão importante para a nossa cidade", afirmou Gabriella ao O POVO.
Segundo Gabriella, a pasta foi recebida em situação bastante complicada e, nesse início de gestão, uma reorganização tem sido necessária. "A gente pegou toda a proteção social sem zeladoria, sem o cuidado com as equipes, sem o cuidado com as estruturas, sem o cuidado com o financiamento e com toda a organização", disse ainda.
"A gente está hoje realmente reorganizando, estruturando, visitando todos os CRAS, conversando com as pessoas, ouvindo as pessoas para construir um plano municipal de proteção social, integrado com o Governo do Estado, integrado com a sociedade civil. Então, está sendo um momento muito importante de diagnóstico e de construção para uma mudança da proteção social", explicou.
Os equipamentos ofertam serviços socioassistenciais voltados, principalmente, para a população em situação de vulnerabilidade. Fortaleza conta com 27 unidades. O atendimento ocorre de forma presencial, das 8 às 17 horas, por ordem de chegada. As equipes realizam um momento detriagempara orientar cada usuário quanto ao tipo de atendimento que necessitam.
Dentre as ações ofertadas, estão o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). No equipamento, os cidadãos também são orientados sobre outros benefícios assistenciais e podem ser inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais do Governo Federal.
Presente no evento que empossou a vereadora Professora Adriana Almeida (PT) como procuradora da mulher na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) na quarta-feira, 20, a vice-prefeita afirmou que a violência de gênero é um problema considerado grave para a gestão de Evandro, tanto que será criada uma secretaria especialmente para o público feminino.
"Essas mulheres são vítimas de homicídios e outras atividades. O prefeito Evandro vai enviar a reforma administrativa aqui para a Câmara. Um dos dados que serão trazidos é a criação da Secretaria das Mulheres. A exemplo do Governo do Estado, entendeu-se que essa questão e essa problemática é tão importante que se foi necessário criar uma secretaria para cuidar desse tema. Então nós teremos não só a política de enfrentamento à violência, mas também de autonomia das mulheres", concluiu.