O Banco do Nordeste (BNB) vai disponibilizar R$ 252,5 milhões, em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), para projetos de inovação no Ceará. O montante direcionado para a linha de crédito FNE Inovação no Estado é 83% maior do que os R$ 137,7 milhões desembolsados ano passado.
A modalidade, voltada para o financiamento de produtos, serviços, processos ou métodos organizacionais que impactem na melhoria de seus negócios, tem taxas de juros reduzidas e prazos de pagamento ampliados, que podem chegar até 15 anos, incluindo uma carência de até cinco anos para o início do reembolso. O financiamento pode chegar a 100% do projeto.
Considerando toda área de atuação do banco, que abrange estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo, estão sendo oferecidos R$ 2 bilhões em crédito pela linha FNE Inovação. O volume é 19,7% maior do que o R$ 1,7 bilhão contratado em 2024.
Segundo o diretor de Planejamento, José Aldemir Freire, a oferta de crédito está alinhada à política de incentivo à modernização de processos na região. “A inovação é um dos catalisadores do desenvolvimento. Estamos vendo de forma muito clara essa preocupação em modernizar nossas empresas, a exemplo do programa Nova Indústria Brasil, do Governo Federal. O Banco do Nordeste quer incentivar a inovação do pequeno ao grande empresário”, afirma.
No Estado, dentre os contemplados com este tipo de crédito, está Rita Grangeiro, proprietária da Fazenda Grangeiro, em Paracuru (CE). Há dois anos, ela utilizou recursos do FNE Inovação em sua produção de água de coco para adquirir equipamentos para envase mecânico e implantar um sistema de geração de energia fotovoltaica.
Com 70 hectares de área plantada e 50 colaboradores, a empresa conseguiu reduzir despesas e agregar valor à qualidade do produto.
“Foi essencial no crescimento da propriedade que visa sempre a geração de emprego, o social e as políticas ambientais. Daí surgiu a Soulcoco, para viabilizar o processo de envase de água de coco pioneira no processo de microfiltração, com a transferência de tecnologia da Embrapa”, afirma a empreendedora.