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Ex-jogador de time cearense é preso por suspeita de estupro, assaltos e extorsão
Farol

Ex-jogador de time cearense é preso por suspeita de estupro, assaltos e extorsão

Atacante Tico Baiano, que disputou o Campeonato Cearense deste ano pelo Horizonte, teria cometido crimes contra 11 mulheres em Feira de Santana (BA)
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ATACANTE Tico Baiano (de amarelo) no jogo Maracanã x Horizonte (Foto: Lucas Emanuel/FCF)
Foto: Lucas Emanuel/FCF ATACANTE Tico Baiano (de amarelo) no jogo Maracanã x Horizonte

O atacante Tico Baiano, que defendeu o Horizonte no Campeonato Cearense de 2025, foi preso pela Polícia Civil da Bahia (PC-BA), na última terça-feira, 18, por suspeita de estupro, assaltos, extorsões e constrangimento ilegal. Nascido em Feira de Santana (BA), o jogador de 25 anos teria cometido os atos na terra natal. O Horizonte se manifestou em nota e informou que não tem mais vínculo com o atleta desde o fim da disputa do Estadual.

De acordo com a PC-BA, 11 mulheres, entre 18 e 43 anos, teriam sido vítimas de Carlos Eduardo Bastos dos Santos. As supostas vítimas, que são estudantes ou garotas de programa de Feira de Santana, começaram a fazer denúncias contra o atleta em junho de 2024, quando as investigações tiveram início. Os policiais cumpriram o mandado de prisão preventiva nessa terça.

As garotas de programa, segundo a Polícia Civil, relataram que Tico Baiano se passava por cliente e, ao chegar ao local, "utilizava arma de fogo para roubar e extorquir as mulheres". Ainda teria, em alguns episódios, "obrigado que elas fizessem transferências bancárias e também roubou uma quantia em espécie".

Já com as estudantes, o atacante teria invadido a casa de duas delas utilizando uma faca e cometeu crimes, com as mulheres ficando "pelo menos três horas em poder do suspeito". Além disso, ele teria roubado e extorquido outra.

No futebol cearense, Tico Baiano defendeu o Floresta, em 2023, e o Horizonte, em 2023, 2024 e 2025. Na atual temporada, o camisa 7 marcou três gols em sete jogos no Estadual. O Galo do Tabuleiro informou que não tem contrato com o jogador, que se transferiu para o Crac-GO, mas não chegou a entrar em campo. O clube goiano também se pronunciou (leia abaixo).

O Esportes O POVO não localizou a defesa de Tico Baiano. Caso haja manifestação por parte do jogador ou dos advogados, a matéria será atualizada.

Veja nota oficial do Horizonte:

"O Horizonte Futebol Clube vem a público informar que tem conhecimento da situação envolvendo o atleta Carlos Eduardo Bastos dos Santos, conhecido como Tico Baiano, conforme noticiado por veículos de imprensa na manhã desta quarta-feira (19).

Mesmo sem contrato vigente com o Horizonte FC, o clube esclarece que o referido jogador possui vínculo contratual com o Feirense-BA e esteve cedido por empréstimo ao Horizonte FC durante a disputa do Campeonato Cearense, tendo seu vínculo temporário encerrado com o término da participação do clube na competição. Após seu retorno à equipe baiana, o atleta foi posteriormente emprestado ao CRAC-GO, onde vinha atuando na fase final do Campeonato Goiano.

O Horizonte Futebol Clube reitera seu compromisso com a ética e a transparência, acompanhando de perto o desenrolar dos fatos. Ademais, informa que seu departamento jurídico está à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários."

Veja nota oficial do Crac-GO:

"Em relação à notícia publicada sobre o atleta Carlos Eduardo Bastos dos Santos, conhecido como "Tico Baiano", e sua vinculação como integrante do Clube Recreativo e Atlético Catalano (Crac), esclarece-se que ele não possui relação com o clube e que seu vínculo perdurou apenas por 10 dias, desde o período em que se apresentou.

Contratado por empréstimo apenas para a disputa dos jogos da fase eliminatória, não foi sequer aproveitado pelo treinador em nenhuma das partidas disputadas. Logo após a eliminação do clube, nos jogos contra o Goiás, o atleta se desligou da instituição sem nem mesmo comunicar à diretoria, tampouco explicar os respectivos motivos, mantendo-se incomunicável a partir de então.

Sendo assim, o Clube Recreativo e Atlético Catalano (Crac) reitera sua total desvinculação tanto do atleta – de quem desconhecia o histórico pessoal – quanto de sua eventual conduta noticiada, reforçando o ilibado comportamento institucional do clube e seu indissociável compromisso com a legalidade e a moralidade."

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