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O artista Isaac Cândido leva música cearenses para espaços abertos
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O artista Isaac Cândido leva música cearenses para espaços abertos

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Isaac Cândido faz show no CCBNB (Foto: Ricardo Damito/Divulgação)
Foto: Ricardo Damito/Divulgação Isaac Cândido faz show no CCBNB

O compositor, cantor e produtor musical Isaac Cândido diz que reconhecer Fortaleza como casa também trouxe a sensação de vitória. Nascido em Orós, distante 130 quilômetros da capital cearense, ele remenda a chegada ao então novo lar, ainda na pré-adolescência, com o início da trajetória na música.

Foram mais de 500 composições ao longo destas quase quatro décadas de carreira, com discos autorais e colaborações com nomes como Marcus Dias. Alguns dos shows comandados pelo músico também homenagearam contemporâneos cearenses que se tornaram emblemáticos na Cidade, a exemplo de Fagner.

Em 2025, ele integra o desenvolvimento do projeto "Tá Meio Musical Esse Ambiente". A iniciativa, apoiada pelo Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), reúne números musicais no Parque Rio Branco com a proposta de refletir sobre preservação e educação ambiental. Neste domingo, 13, se apresentam os artistas Renato Braz e Gildomar Marinho. A próxima edição acontece no dia 11 de maio, Dia das Mães, com participação da cantora cearense Rayane Fortes.

O POVO - Quais são os principais elementos de Fortaleza presentes no seu trabalho? O que a Cidade te remete?

Isaac Cândido - Fortaleza para mim foi uma vitória. Sabia que se eu viesse morar em Fortaleza, ia ter muitas oportunidades. A Cidade foi filtro, me ajudou a filtrar mesmo o que eu queria para a minha vida. Aqui foi a base de tudo. Cheguei com 11 anos e, todas às vezes que saí, senti saudades.

OP - No atual cenário da música de Fortaleza, qual seria o principal diferencial da produção local?

Isaac - Hoje em dia eu não me vejo mais saindo da Cidade. Quero aproveitar o máximo possível de oportunidades e dar a minha contribuição, pela minha experiência, para que as coisas melhorem. O que eu percebo é que algumas reclamações que nós tínhamos lá atrás, quando a gente tinha 17 anos, são praticamente as mesmas. A Cidade, como um todo, poderia comprar um pouco mais a valorização (dos artistas). Não só a parte institucional, de governo, mas o público de uma forma geral. O público poderia comprar um pouco mais essa ideia de pertencimento dos artistas. Os projetos hoje em dia acontecem meio que de maneira individual, mas deviam que ser coletivos. Os editais, para mim, deveriam ser para projetos coletivos. Fico muito feliz com essa cena nova, tem muita gente boa entrando, mas eles vivem problemas que a gente vivia.

OP - Nessas quatro edições do projeto "Tá Meio Musical Esse Ambiente", qual foi a principal resposta do público?

Isaac - A gente começou de uma forma muito bacana. Parecia que havia uma carência das pessoas em ocupar os espaços com música. De levar as crianças, que acho de extrema importância. É um projeto que chega à quarta edição nesse momento tão bacana porque a gente mudou de casa também, a gente está levando o projeto para um parque (Rio Branco) que raramente teve algo. A ideia é ocupar com arte, ocupar com pessoas preocupadas com questões do meio ambiente. A gente vê a natureza gritando e dando uma resposta. Acho que quanto mais pessoas interessadas, discutindo, preocupadas, melhor para todo mundo.

Tá Meio Musical Esse Ambiente

  • O quê: show com Gildomar Marinho e Renato Braz
  • Quando: domingo, 13, às 15 horas
  • Onde: Parque Rio Branco (av. Pontes Vieira, s/n - Joaquim Távora)
  • Gratuito
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