O ato unificado das centrais sindicais e movimentos populares acontece na tarde de ontem, 1°, Dia do Trabalhador, em Fortaleza, para reivindicar pautas de várias categorias.
A concentração foi na Praça Portugal, no bairro Aldeota, a partir das 15 horas. Cerca de uma hora depois, a manifestação seguiu pelas avenidas Desembargador Moreira Abolição. O ato foi organizado pelos representantes estaduais da Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, Central dos Sindicatos Brasileiros e a Intersindical. Além dos movimentos Frente Brasil Popular, Travessia e movimento Povo sem Medo. Dentre as pautas estavam: Redução da jornada de trabalho; Fim da escala 6x1; Isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais; e a taxação dos super-ricos.
O fim da escala 6x1 — que movimenta políticos e organizações sociais desde 2023 — tem sido tema de discussões na Câmara dos Deputados e em outros setores do governo. A produtora cultural Clara Machado, 41, esteve apoiando o movimento "Vida Além do Trabalho" e defende o fim desta escala desde seu último trabalho, em que folgava apenas às segundas-feiras. "Eu percebi que ou escolhemos trabalhar ou escolhemos viver", relata.
"Estou aqui no 1º de maio pois acredito que é uma data muito simbólica e é muito importante que o trabalhador esteja na rua reivindicando por qualidade de vida", completa a profissional.
Além de representantes das centrais sindicais e dos sindicatos dos trabalhadores, políticos da base também marcaram presença no evento, como o vereador Gabriel Aguiar (Psol), o deputado estadual Renato Roseno (Psol) e a vereadora Adriana Almeida (PT).
Outra pauta do evento foi contra a anistia para os responsáveis pelos ataques às sedes dos Três poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. A vereadora defende que posições políticas devem marcar atos trabalhistas pois eles "defendem a democracia".
"As lutas no nosso país também tratam-se de dizer que quem atenta contra a democracia, como os que fizeram no dia 8 de janeiro, não merecem ser anistiados. Precisam pagar pelos seus atos", afirma.