A China e os Estados Unidos divulgarão um comunicado conjunto sobre os diálogos em relação às negociações comerciais de hoje, 12, segundo o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. Em declarações a jornalistas em Genebra, He disse que o clima com o secretário americano do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial, Jamieson Greer, foi franco, aprofundado e substantivo, repetindo uma linguagem similar usada pela delegação americana mais cedo neste domingo.
Em abril, Trump impôs tarifas de 145% sobre as importações da China e Pequim respondeu com taxas de 125% sobre os produtos dos EUA. Além disso, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Kevin Hassett, disse em entrevista neste domingo à Fox News que provavelmente a relação com a China será reiniciada, após o encontro entre os dois países na Suíça.
"O presidente (Donald Trump) disse que estamos essencialmente começando do zero com os chineses, e eles parecem querer reconstruir um relacionamento que seja ótimo para ambos", afirmou. Segundo ele, os chineses "estão muito dispostos a cooperar e normalizar as coisas" e as autoridades dos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial, Jamieson Greer, estavam "colocando o suficiente na mesa para que possamos avançar bastante".
Hassett ainda destacou que novos acordos devem ser firmados nas próximas semanas. Na última quinta-feira, 8, os EUA anunciaram um acordo com o Reino Unido: manterá em vigor as tarifas de 10% impostas no início de abril, mas com redução de taxas para aço, alumínio e automóveis britânicos. Em troca, a nação europeia liberou acesso à carne bovina, aves, etanol, refrigerantes e cereais.
Questionado se um novo acordo poderia ser anunciado já nesta semana, o diretor respondeu que espera que sim, uma vez que "várias coisas já estão na reta final".
O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse ontem, 11, estar otimista com o progresso das negociações comerciais com a China, em encontro na Suíça. Em entrevista à CNN, quando questionado sobre a redução das importações norte-americanas por causa dos conflitos tarifários, ele respondeu que, com as tarifas de 145% sobre a China, "é claro que isso faz parar (o comércio). Mas eles estão negociando isso agora, e estamos otimistas de que isso será reaberto". (Com Agência Estado e AFP)