O papa Leão XIV pediu ao mundo ontem, 11, que evite o "cenário dramático" de uma Terceira Guerra Mundial e pediu paz na Ucrânia e em Gaza, na mesma linha de seu antecessor, Francisco. O pontífice, nascido nos Estados Unidos e com cidadania peruana, liderou sua primeira bênção de domingo na Praça de São Pedro, que tradicionalmente serve como plataforma para os papas abordarem questões de interesse global.
O outrora cardeal Robert Francis Prevost fez sua segunda aparição na sacada da Basílica de São Pedro desde sua eleição na quinta-feira como 267º pontífice, oferecendo a oração Regina Caeli a milhares de fiéis. "No atual cenário dramático de uma Terceira Guerra Mundial fragmentada, como o papa Francisco afirmou várias vezes, dirijo-me também aos grandes do mundo, repetindo o apelo sempre presente: Guerra nunca mais!", disse depois da oração.
Leão XIV, de 69 anos, já fez vários apelos pela paz em sua primeira aparição pública, poucas horas após sua eleição. Cardeais e especialistas veem Leão XIV com o mesmo estilo de Francisco, também por seu compromisso com os pobres e desfavorecidos e por se concentrar em áreas da Igreja distantes de Roma. Embora ao mesmo tempo considerem o primeiro papa agostiniano mais moderado que o impulsivo jesuíta argentino.
"Levo no meu coração o sofrimento do amado povo ucraniano e peço que tudo seja feito para alcançar uma paz verdadeira, justa e duradoura o mais rápido possível", disse o papa. A mensagem veio logo após o presidente russo, Vladimir Putin, propor negociações diretas com a Ucrânia em 15 de maio em Istambul, um "sinal positivo" para seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky.
O pontífice também observou que estava "profundamente triste com o que aconteceu na Faixa de Gaza" e pediu um "cessar-fogo imediato". "Vamos oferecer ajuda humanitária à população civil" e "libertar todos os reféns", continuou ele. O papa também saudou o cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão e pediu "um acordo duradouro". Em seu último discurso na Praça de São Pedro, Francisco renovou seu apelo à paz, e muitos fiéis ficaram aliviados ao ouvir o novo pontífice retornar a esses temas. (AFP)