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Trump fará prisões em massa de imigrantes um dia após posse
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Trump fará prisões em massa de imigrantes um dia após posse

A medida seria uma das primeiras de Trump e cumpriria sua promessa de campanha de deportar milhões de imigrantes sem documentos
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DONALD Trump toma posse como presidente dos EUA nesta segunda-feira, 20 (Foto: GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP)
Foto: GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP DONALD Trump toma posse como presidente dos EUA nesta segunda-feira, 20

Serviços de imigração dos EUA realizarão batidas contra estrangeiros sem documentos em todo o país já a partir de terça-feira, segundo o chefe da política de imigração do novo governo. Os serviços de imigração dos Estados Unidos realizarão prisões em massa de imigrantes sem documentos em todo o país já a partir de terça-feira, dia seguinte à posse de Donald Trump como presidente, afirmou nesta sexta-feira (17/01) o chefe da política de imigração do novo governo do republicano.

A medida seria uma das primeiras de Trump e cumpriria sua promessa de campanha de deportar milhões de imigrantes sem documentos. "Haverá uma grande incursão em todo o país. Chicago é apenas um dos muitos lugares", disse à emissora de televisão Fox News Tom Homan, apelidado de "czar da fronteira", que será encarregado de supervisionar as políticas de imigração e segurança nas fronteiras.

Na entrevista, ele respondia sobre uma reportagem do jornal The Wall Street Journal e de outros meios de comunicação divulgadas na sexta, de que o novo governo planeja realizar uma "batida" em Chicago a partir de terça-feira. De acordo com o The Wall Street Journal, a "batida imigratória em grande escala" em Chicago durará a semana toda, envolvendo entre 100 e 200 agentes.

A escolha de Chicago para realização da batida se deve ao alto número de imigrantes que residem na cidade, assim como ao impacto mediático de realizar a ação em um dos grandes bastiões urbanos do Partido Democrata. "Czar" foi responsável por separação de pais e filhos migrantes Homan foi diretor interino da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE) e, durante o primeiro governo Trump, supervisionou a política de separação de pais e filhos migrantes na fronteira.

"Na terça-feira, o ICE finalmente fará seu trabalho. Vamos tirar as algemas do ICE e deixá-los prender os estrangeiros criminosos", disse ele à Fox News. Homan já havia antecipado semanas atrás que as deportações começariam no "Dia 1" e que Chicago seria o primeiro alvo. "Se o prefeito de Chicago não quiser ajudar, ele pode se afastar. Mas se ele nos impedir de agir, se ele deliberadamente esconder ou acobertar um imigrante ilegal, eu o processarei", disse Homan.

Brandon Johnson, prefeito da cidade desde 2023, é um democrata e implementa uma política de acolhida de imigrantes. O diário conservador New York Post também publicou na sexta-feira que, além de Chicago, Nova York será um dos primeiros lugares onde ocorrerão ações do tipo contra imigrantes ilegais. 

Pela primeira vez na história dos Estados Unidos um presidente eleito receberá líderes estrangeiros em sua posse. O presidente eleito, Donald Trump, convidou o presidente chinês, Xi Jinping, e líderes mundiais conservadores como o presidente argentino, Javier Milei, e a premiê italiana, Giorgia Meloni, para a posse. Xi vai enviar o vice-presidente, Han Zheng, como seu representante.

Nenhum chefe de Estado faz uma visita oficial aos EUA para a posse. Alguns deles, como Milei e o presidente do Paraguai, Santiago Peña, foram convidados especiais no baile de posse hispânico na noite de sábado, 18, onde vários dos indicados de Trump para cargos importantes compareceram, como o senador Marco Rubio, escolhido para o Departamento de Estado, e Robert F. Kennedy Jr., escolhido o Departamento de Saúde.

A previsão é que Milei comparecesse a três festas de gala da posse no fim de semana e a um dos bailes oficiais aos quais Trump comparecerá no dia da posse, bem como à cerimônia em si. Milei espera que boas relações com os EUA possam ajudar a Argentina a chegar a um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A agenda semanal de Meloni, por sua vez, diz que ela comparecerá à cerimônia de posse.

Os gabinetes do presidente do Equador, Daniel Noboa, e do paraguaio Peña informaram que eles foram convidados para a posse e planejam comparecer.

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