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Conclave para eleição do sucessor do papa Francisco começará em 7 de maio
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Conclave para eleição do sucessor do papa Francisco começará em 7 de maio

Data foi informada pelo porta-voz do Vaticano. A Capela Sistina foi fechada nesta segunda-feira, 28, ao público para o início dos preparativos do conclave
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CONCLAVE para decidir o novo soberano da Igreja Católica será a partir do dia 7 de maio (Foto: MARCO BERTORELLO / AFP)
Foto: MARCO BERTORELLO / AFP CONCLAVE para decidir o novo soberano da Igreja Católica será a partir do dia 7 de maio

O conclave para a eleição do sucessor do papa Francisco começará em 7 de maio, decidiram os cardeais da Igreja Católica reunidos nesta segunda-feira, 28, informou o porta-voz do Vaticano.

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Na quarta-feira da próxima semana, os cardeais participarão de uma missa solene na Basílica de São Pedro, após a qual aqueles com direito a voto - os que têm menos de 80 anos - se reunirão na Capela Sistina para uma votação secreta que pode durar vários dias, informou o porta-voz Matteo Bruni.

Capela Sistina fecha ao público para início dos preparativos do conclave

A Capela Sistina foi fechada nesta segunda-feira, 28, ao público para o início dos preparativos do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco, informou o Museu do Vaticano, organismo que administra as visitas ao local emblemático, que recebe milhões de pessoas por ano.

"Comunica-se que a Capela Sistina estará fechada ao público a partir de segunda-feira, 28 de abril de 2025, devido às exigências do Conclave", afirma uma mensagem publicada no site do museu. A data do conclave deve ser anunciada nas próximas horas.

Conclave longo

Os cardeais participarão na quarta-feira da próxima semana em uma missa solene na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Aqueles com direito a voto - os que têm menos de 80 anos - ficarão fechados para votar em um processo secreto, que pode durar vários dias.

O Vaticano ainda não confirmou quantos dos 135 "cardeais eleitores" participarão do conclave. Um total de 80% deles foram designados por Francisco, muitos procedem de regiões do mundo historicamente marginalizadas pela Igreja e muitos não se conhecem.

"Nosso desejo é encontrar alguém que se pareça com Francisco, não que seja o mesmo, mas em continuidade", declarou o cardeal argentino Ángel Sixto Rossi, de 66 anos.

Os dois últimos conclaves, de 2005 e 2013, duraram dois dias, mas o professor Roberto Regoli, da Universidade Pontifícia Gregoriana, acredita que este será mais longo. "Estamos em um período em que o catolicismo está enfrentando várias polarizações e os cardeais terão que encontrar alguém que saiba forjar uma unidade maior", disse.

O italiano Pietro Parolin aparece como um dos favoritos, à medida que aumentam os conflitos e as crises diplomáticas no mundo. O cardeal atuou como secretário de Estado com Francisco, depois de ocupar o posto de núncio na Venezuela.

A casa de apostas britânica William Hill o coloca à frente do filipino Luis Antonio Tagle, seguido do cardeal ganês Peter Turkson e do também italiano Matteo Zuppi.

Como no filme?

O conclave provoca fascínio há vários séculos. O recente filme homônimo do diretor alemão Edward Berger, que venceu em março o Oscar de melhor roteiro adaptado, popularizou ainda mais o evento.

"Mais da metade de nós viveremos nosso primeiro conclave. É uma oportunidade para mostrar ao mundo que filmes como 'Conclave' e outros semelhantes não são a realidade", disse o cardeal espanhol Cristóbal López Romero ao portal oficial Vatican News.

O filme retrata o processo de eleição de um novo papa, em reuniões a portas fechadas. O relato fictício mostra as tensões entre diversas alas do Vaticano.

Mas as divisões dentro da Igreja não são uma ficção. As reformas impulsionadas por Francisco e seu estilo simples despertaram críticas entre os setores mais conservadores, que apostam em uma mudança mais focada na doutrina.

"Hoje, precisamos de união, não de divisão", advertiu no domingo o cardeal do Mali Jean Zerbo, de 81 anos, após uma oração dos cardeais diante do túmulo de Francisco.

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