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Lais Soares: Desafiando o preconceito ao contratar mães no mercado de trabalho
Opinião

Lais Soares: Desafiando o preconceito ao contratar mães no mercado de trabalho

As empresas precisam adotar uma abordagem mais inclusiva e flexível em suas práticas de contratação e gestão de pessoal. Isso inclui políticas de licença parental mais abrangentes, horários de trabalho flexíveis e opções de trabalho remoto
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Lais Soares. Diretora do Grupo Atitude Serviços. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Lais Soares. Diretora do Grupo Atitude Serviços.

A maternidade é uma jornada transformadora, repleta de desafios e recompensas. No entanto, para muitas mulheres, o retorno ao mercado de trabalho após se tornarem mães é acompanhado por um obstáculo adicional: o preconceito das empresas em contratá-las. Esse preconceito é profundamente enraizado em estereótipos e suposições injustas sobre a capacidade e comprometimento das mulheres que são mães.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, após 24 meses, quase metade das mulheres que tiram licença-maternidade não está mais presente no mercado de trabalho.

É inegável que as mães enfrentam uma série de desafios ao equilibrar suas responsabilidades profissionais e familiares. No entanto, esses desafios não diminuem sua competência ou dedicação ao trabalho. Na verdade, as habilidades adquiridas na maternidade, como gerenciamento de tempo, multitarefa e resolução de problemas, são altamente valorizadas no local de trabalho.

Então, por que o preconceito persiste? Muitas vezes, as empresas temem que as mães sejam menos disponíveis ou menos comprometidas com o trabalho devido às suas responsabilidades familiares. No entanto, essas suposições são infundadas e injustas. Em vez de se concentrarem nas limitações percebidas das mães, as empresas deveriam reconhecer e valorizar as suas habilidades e experiências únicas.

Para reverter essa situação, as empresas precisam adotar uma abordagem mais inclusiva e flexível em suas práticas de contratação e gestão de pessoal. Isso inclui políticas de licença parental mais abrangentes, horários de trabalho flexíveis e opções de trabalho remoto. Tenho orgulho de termos no quadro do Grupo Atitude 80% das mulheres que são mães.

É fundamental que as próprias mães se empoderem e defendam suas habilidades e conquistas. É hora de rejeitar os estereótipos limitantes e reivindicar o nosso lugar no mercado de trabalho.

Ao reconhecer e valorizar as habilidades e experiências únicas das mães, as empresas podem fortalecer suas equipes, impulsionar a inovação e alcançar o sucesso sustentável. É hora de acabar com o preconceito e abrir as portas do mercado de trabalho para todas as mulheres, independentemente de sua situação familiar.

 

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