Recebi hoje um telefonema da Dinamarca no qual uma amiga, Vicky, narrava um fato ocorrido no Aeroporto de Fortaleza, muito animador, o que difere do que sabemos normalmente, que são ocorrências de malas extraviadas, desaparecidas, objetos furtados, enfim, fatos não agradáveis.
Ao chegar no seu destino dinamarquês, foi a procura de sua pequena bolsa que deveria constar na sua bagagem de mão. Não estava. E agora, onde estaria? Refez seus passos de quando então, no aeroporto cearense. Ativou a memória fotográfica com efeito positivo: ao sair do banheiro a moça da limpeza falara para uma senhora que chegara, que podia entrar, a limpeza acabara de ser feita. Deduziu que naquele momento seria a vez de limpar o sanitário que ela usara, e um lampejo repentino da bolsinha pendurada no gancho daquele local foi o bastante.
Entrou em contato com o departamento de achados e perdidos do aeroporto, uma moça de nome Linda lhe atendeu e disse que ia verificar de acordo com os dados relatados pela Vicky. Contrariando todas as previsões dos que ouviram o ocorrido "Ah, pode dar por perdido! Já era!", duas horas depois Linda retorna o telefonema pra Vicky na Dinamarca, informando que a bolsinha com todos os objetos por ela listados (cartão de crédito, chaves, algum dinheiro brasileiro) ali constavam, a serviçal do banheiro havia entregue.
Diante de tão satisfatória notícia, a reação da dona dos objetos foi de gratificar ambas funcionárias, mas logo foi contestada por um dos funcionários em serviço, que disse estarem fazendo o que era certo no seu trabalho e não podiam receber gratificações. Nesse dia era folga da Linda, que no domingo já em serviço fez a entrega da bolsa em questão para Mônica, sobrinha da Vicky.
Nos regozijemos desse desenlace auspicioso, diante de tantas ocorrências negativas que sempre surgem em viagens, aeroportos e demais serviços. Consideramos aqui um caso de competência, boa vontade e honestidade.