Logo O POVO+
Elaine Vigianni Oliveira Teixeira: Quem são os servidores públicos da educação nas instituições de ensino federais?
Opinião

Elaine Vigianni Oliveira Teixeira: Quem são os servidores públicos da educação nas instituições de ensino federais?

Valorizar a educação é também remunerar de maneira justa os seus trabalhadores. Somos essenciais à educação brasileira e para a produção de conhecimento, tão necessários ao desenvolvimento do País
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Foto do Articulista

Elaine Vigianni Oliveira Teixeira

Articulista

Quando se fala em trabalhadores da educação em universidades e institutos federais, o senso comum lembra dos professores. É fato que, para cumprir sua missão, essas instituições formam pessoas por meio do ensino, da pesquisa e da extensão. Contudo, há outra categoria da qual faço parte e que contribui para que toda a estrutura funcione: os servidores técnico-administrativos em educação (TAEs).

Realizamos atividades que acompanham o estudante desde a entrada pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU) até a emissão do diploma. Atuamos ainda em prol da eficiência na administração pública como contadores, secretários executivos, advogados, administradores, jornalistas, produtores culturais, arquitetos, engenheiros, dentistas, médicos, enfermeiros, técnicos e diversas outras profissões que compõem o quadro funcional das universidades.

Criamos e implementamos softwares, gerimos sistemas, instalamos e realizamos a manutenção de equipamentos. Fazemos atendimentos em saúde para a população em geral no Complexo Hospitalar e também para a comunidade interna. Acompanhamos estudantes em vulnerabilidade sócio-econômica e colaboramos com políticas públicas, implementação de projetos pedagógicos e credenciamento de cursos. Estamos ainda presentes na extensão e na pesquisa, organizando experimentos e aulas práticas.

Profissionais capacitados em suas áreas, os TAEs constroem a universidade em todas as suas múltiplas instâncias, seja no âmbito acadêmico ou de gestão. Direta ou indiretamente, integramos o processo formativo de milhares de pessoas que, anualmente, saem de nossos bancos e seguem para fazer o seu melhor pela sociedade brasileira.

Reafirmamos que educação não é gasto, mas investimento. Valorizar a educação é também remunerar de maneira justa os seus trabalhadores. Somos essenciais à educação brasileira e para a produção de conhecimento, tão necessários ao desenvolvimento do País. Fazer greve, além da mobilização, é um ato educativo. Estamos ensinando e aprendendo uns com os outros a construir as lutas coletivas da classe trabalhadora por direitos e dignidade. Lutamos não somente por nós, mas por uma educação pública, gratuita e de qualidade. n

 

O que você achou desse conteúdo?