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Yury do Paredão: A tragédia no Rio Grande do Sul
Opinião

Yury do Paredão: A tragédia no Rio Grande do Sul

Os desastres ambientais nos chamam a atenção para a reação da natureza. Não é de hoje que ela clama por mais cuidado. São necessárias políticas públicas que garantam a preservação e a restauração dos nossos biomas
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Yury Do Paredão

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Acompanhamos com muita dor a tragédia que ocorreu no Rio Grande do Sul. São milhares de famílias que perderam seus lares e entes queridos. Pessoas que vão demorar a voltar ao ritmo normal. Não será fácil. Podemos falar em anos para a reconstrução. Esta tragédia nunca desaparecerá da memória dos gaúchos.

Os desastres ambientais nos chamam a atenção para a reação da natureza. Não é de hoje que ela clama por mais cuidado. Urge o respeito ao meio ambiente. São necessárias políticas públicas que garantam a preservação e a restauração dos nossos biomas. Está muito claro que precisamos agir de forma preventiva e não apenas reativa.

Há muito tempo fala-se em transição energética. Faz anos que escuto falar nas Conferências do Clima e sobre o Acordo de Paris. Todo este debate tem o objetivo de convencer governos, empresários e sociedade de que a natureza precisa ser bem cuidada e respeitada. Mas não basta o convencimento, é preciso agir e dar o exemplo.

Não existe incompatibilidade entre desenvolvimento econômico e respeito ao meio ambiente. O que está presente é a nossa capacidade de fazer escolhas. Devemos optar pela transição energética ou seguir com o uso e produção de energia não-renovável? Devemos optar pelo desmatamento total ou respeitar as orientações de técnicos e especialistas? O garimpo ilegal deve ser combatido ou tolerado?

Expresso a minha solidariedade ao governador Eduardo Leite (PSDB) e aos prefeitos e prefeitas de todas as cidades gaúchas que foram afetadas. Estou vendo o esforço de todos, inclusive, do Governo Federal. Além do rápido envio das Forças Armadas para a região, ações como adiantamento de benefícios sociais, a oferta de crédito para os empreendedores, os incentivos a empresas e a suspensão do pagamento das dívidas do estado com a União, como já determinados pelo Governo Lula, são fundamentais para esse longo caminho de reconstrução.

Nós, brasileiros e brasileiras, valorizamos a solidariedade. Não importa a distância, a ajuda chega de todos os cantos do Brasil. Confesso que não tinha dúvida disso. O nosso povo empático traz para si a dor do outro, sente o sofrimento do próximo e nunca desiste de ajudar. A dor dos gaúchos não é só deles. Mas de todos nós. O desastre ocorrido no Rio Grande deve servir de exemplo para todo o Brasil.

 

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