Rio de janeiro, entrada de século. Há um montante de acontecimentos sendo engolidos pela velocidade desses dias recém chegados-desenfreados-escapantes.
O meu peito desabrochou ao dar os adeuses derradeiros e o espaço em minha caixa torácica se expandiu de forma imediata. Eu pude sentir o peso sendo expelido para fora do meu corpo e a minha estrutura corpórea flutuar em resposta.
E sim, ainda há um certo descontrole emocional. Digo, no sentido de sentir e não ser capaz de controlar. Porém, em contrapartida, percebo ser um descontrole contido. Não há viés obscuros, intenções genéricas ou vontades parciais.
Vejo bocas pedindo entre uma risada e outra um pouco para si do outro, deixando no outro assim um pouco de si. Copos e copos sendo virados, estômagos revirados e a segurança notável do grupo. Apesar dos imprevistos e a timidez, do orgulho, do ego talvez, sinto que estou onde e com quem deveria está.
E então, enfim, que a avidez do meu afeto terno seja contínua e que os dias sejam ao invés de breves, leves.