Logo O POVO+
Samuel Miranda Mattos: Desafios da educação inclusiva na educação brasileira
Opinião

Samuel Miranda Mattos: Desafios da educação inclusiva na educação brasileira

É condição necessária a capacitação dos profissionais para atuação eficaz na escola, pois o Brasil apresenta número baixo de professores com qualificação direcionada para atuação na educação inclusiva
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Samuel Miranda Mattos. Professor da Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza (SMEFor) e Pesquisador da Universidade Estadual do Ceará (Uece). (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Samuel Miranda Mattos. Professor da Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza (SMEFor) e Pesquisador da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

 Educação Inclusiva, nos últimos anos, tem ganhado destaque para a efetivação de direitos e oportunidades de Pessoas com Deficiência (PCD) e Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD) na sociedade. Assim, destaca-se a relevância de dialogar e problematizar como a educação inclusiva tem se consolidado nos últimos anos no cenário brasileiro. De acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em sua meta 4, destaca: "assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos".

Desse modo, o Brasil apresenta um desafio para a concretização da proposta educacional até 2030, trazendo diversas implicações para a concretização dessa meta, sendo compromisso firmado com 184 Estados-membros da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Dentre as diversas possibilidades de ações estratégicas pode-se apresentar: estabelecer parcerias entre entes públicos, privados e organizações não governamentais (ONGs) para construção de pautas inclusivas; dialogar, revisar e ampliar as políticas educacionais, garantindo sua ampla efetivação; incluir sistemas de avaliação educacionais equitativos e inclusivos; destinar recursos de financiamento para educação inclusiva; e acompanhar os processos de avaliações e revisões das propostas aplicadas. Salienta-se que tal compromisso deve ser responsabilidade de todos os "atores" desse sistema, familiares, profissionais da educação, gestão escolar e governo nas diferentes esferas.

Além disso, é uma condição necessária a capacitação dos profissionais para atuação eficaz na escola, pois o Brasil apresenta número baixo de professores com qualificação direcionada para atuação na educação inclusiva. Isso é verificado no Painel de Indicadores da Educação Especial, que indica que mais de 90% dos professores regentes não possuem formação continuada. Desta forma, percebe-se a urgência de investimento para possibilitar melhores condições de trabalho e permanência desses alunos na educação brasileira. Espera-se que até 2030, os ODS relacionados à educação inclusiva possam ser consolidados para uma educação pública, gratuita e de qualidade no Brasil.

 

O que você achou desse conteúdo?