Ao que se percebe os governos vão bem e vão mal, a depender da boca de quem profetiza e seus interesses.
Tendo a economia como regente desta sinfonia, que é igual a confiança, vide consumo, geração de emprego, geração de renda, e, repetindo tudo outra vez, não me digam os otimistas de plantão sobre o positivo, a menos que estejam de venda nos olhos.
Hoje poderia ser tudo produtividade, mas o fato relevante é risco fiscal. E ao esperarmos por medidas inovadoras e resolutivas, temos mais do mesmo do que os próprios governos acreditam.
Das medidas reparadoras de uma máquina de dimensões estratosféricas, só se percebe a retroalimentação. Daí vem a reoneração da folha e taxação dos super ricos, dentre outros, como pilares da falta de criatividade dada a ausência de vontade de cortar o mal pela raiz.
Quando observamos a essência de gestões que não se modernizam, também destacamos que a forma como os governos enxergam produção e mercado não se atualizou muito. Ao contrário, mais parece que ainda vivemos no século XVIII.
Um exemplo simples é olhar para os setores econômicos, quando os que mais geram empregos, no caso os setores de comercio e serviço, são os menos valorizados.
Segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o número de empregados cadastrados no Brasil em 2022 foi 52.790,864, sendo 39.5% em Serviços, 20.8% em Indústria, e 19.3% em Comércio.
Já considerando os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 98 milhões de ocupados de 2022 entre os 87 setores da CNAE Domiciliar. Ordenados do maior para o menor, os sete maiores concentraram a maioria (52,4%) do total de ocupados no país. Eram eles: comércio, exceto de veículos automotores e motocicletas (15,9 milhões); agricultura, pecuária, caça e serviços relacionados (7,9 milhões); educação (6,6 milhões); serviços domésticos (5,8 milhões); administração pública, defesa e seguridade social (5,1 milhões); atividades de atenção à saúde humana (5,1 milhões); e alimentação (4,9 milhões).
Sendo assim, se há política para nova indústria Brasil, qual o motivo de não haver para o novo comércio ou setor de serviços? n