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Onélia Santana: Transferência de renda e a redução da pobreza no Ceará
Opinião

Onélia Santana: Transferência de renda e a redução da pobreza no Ceará

Os dados falam sobre todo o País, em termos de redução da pobreza, e dão importante destaque ao Nordeste, que alavanca os índices. No caso do Ceará, onde acompanhamos a redução desses números, somam-se ao Bolsa Família os programas estaduais de transferência de renda
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Onélia Santana  (Foto: Divulgação )
Foto: Divulgação Onélia Santana

Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) indica que mais de 600 mil cearenses saíram da extrema pobreza no Ceará, entre 2021 e 2023. Uma redução de 40% no número de famílias extremamente pobres do Estado. Para ter ideia, o número equivale às populações de Caucaia e Maracanaú juntas. O mesmo levantamento, feito a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), aponta que a redução da pobreza no Estado foi de cerca de 500 mil cearenses.

Análise de pesquisadores cearenses traz que esses resultados têm relação direta com programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Os dados falam sobre todo o País e dão importante destaque ao Nordeste, que alavanca a redução. No caso do Ceará, onde acompanhamos a redução desses números, somam-se ao Bolsa Família os programas estaduais de transferência de renda. Apenas no âmbito da Secretaria da Proteção Social, são três programas fundamentais: Vale Gás Social, Cartão Mais Infância Ceará e Cartão Ceará Sem Fome.

Os três somarão, neste ano, um investimento de R$ 424 milhões. O Vale Gás Social oferta três recargas anuais no botijão de gás, no ano são cerca de 600 mil famílias beneficiadas; o Cartão Mais Infância consiste em uma transferência mensal de renda de R$ 100 a 150 mil famílias cearenses; e o Cartão Ceará Sem Fome, iniciado ano passado, oferta R$ 300 mensais para a compra de alimentos a mais de 53 mil famílias.

É fundamental dizer que o atendimento às famílias na pobreza e extrema pobreza se dá muito além da transferência de renda. Na SPS, acompanhamos as famílias beneficiadas com visitação domiciliar, com mais de 9 milhões de visitas. Essa visitação se dá com o programa Criança Feliz e com os agentes sociais Mais Infância.

Com o Criança Feliz, atendemos gestantes e mães com crianças de 0 a 3 anos. No que se refere aos agentes sociais, eles possibilitam que façamos um diálogo entre políticas públicas para esse segmento populacional.

Fora a visitação, temos investido em qualificação profissional, priorizando o atendimento aos públicos dos programas sociais estaduais. Em 2023, foram mais de 12 mil pessoas capacitadas em uma estratégia de qualificação para a superação da pobreza. São políticas públicas distintas convergindo para um objetivo: a redução da desigualdade, a superação da pobreza e o bem-estar do nosso povo.

 

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