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André Facó: 4 anos do Marco do Saneamento: o que o Ceará pode ensinar
Opinião

André Facó: 4 anos do Marco do Saneamento: o que o Ceará pode ensinar

De forma inovadora, o Ceará saiu na frente com a maior Parceria Público-Privada de esgotamento sanitário do Brasil, que beneficiará 4,3 milhões de cearenses. Um projeto desenhado pela Cagece
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André Facó

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Quatro anos atrás, o Novo Marco Legal do Saneamento estabeleceu, em números, a meta a ser alcançada nacionalmente: água potável para 99% da população e serviço de esgoto para 90%, até 2033. Esse objetivo trouxe outro número agregado: são necessários cerca de R$900 bi de investimentos para atingir a universalização. Um desafio imenso e diretamente ligado à qualidade de vida de milhões de brasileiros.

Com a regulamentação, o caminho se abriu para que cada cidade ou estado buscasse soluções para cumprir os prazos e trazer resultados para quem mais precisa - os 32 milhões de brasileiros sem água tratada e 90 milhões que vivem sem acesso ao esgotamento sanitário.

Para isso, existem diversos modelos possíveis para garantir que esses serviços públicos avancem. De forma inovadora, o Ceará saiu na frente com a maior Parceria Público-Privada de esgotamento sanitário do Brasil, que beneficiará 4,3 milhões de cearenses. Um projeto desenhado pela Cagece, unindo a expertise do ente público em elaborar transformações a longo prazo com a capacidade e agilidade do ente privado em fazer grandes investimentos em obras.

É neste ponto que entra a Ambiental Ceará - a parceira privada que, desde 2023, tem a responsabilidade de ampliar, operar e manter o sistema de esgotamento sanitário de 24 cidades cearenses, incluindo a Capital.

Em 2023, foram 60 km de novas redes de esgoto implantadas nos municípios atendidos, disponibilizando infraestrutura para que 21 mil imóveis possam se conectar ao sistema.

Com o olhar voltado para o futuro, e o foco na universalização, queremos tornar visível aquilo que é invisível. O que isso significa? Fazer com que as pessoas compreendam o que é esgoto e a importância da coleta e do tratamento desse material para a qualidade de vida individual e coletiva. Estar conectado ao sistema de esgoto é um dever coletivo.

Com muito diálogo, acreditamos que cada cidadão e cidadã entenderá que eles também fazem parte desse processo de transformação e, inclusive, têm a responsabilidade de conectar o imóvel à rede de esgoto. Será uma jornada de grandes transformações, contribuindo para levar mais dignidade e oportunidades para milhões de cearenses. n

 

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