A Europa é os Megadestinos mundiais estão sofrendo com o lado perverso do turismo. A incapacidade de carga destes tradicionais núcleos turísticos está vivendo o incômodo da população flutuante ser até dez vezes maior que a fixa, criando a sensação no morador de ser um forasteiro em sua própria terra. Existe, segundo Doris Ruschmann, um índice de demografia turística que indica um nível ideal de 20% de fluxo turístico em relação
aos residentes.
As consequências do supérfluo geram um maléfico desequilíbrio entre oferta e demanda que segundo Miguel Figeiroa provoca hiperinflação, com consequências nefastas para o nativo. Mexe na parte sensível, o bolso. Outros fatos derivam deste problema segundo Dumazedier: aculturação, eleva prostituição, impactos na moral, na religião e nos costumes, no patrimônio cultural e natural, na política e complementa Sara Bacal, provoca um desequilíbrio biopsicossomatico entre visitante e visitado causando uma profunda turismofobia.
Políticas de inibição do turismo foram adotadas: limitação de entradas, elevadas taxação ao turista, bloqueios e controle das reservas até agressões a nível moral e ataques físicos.
Como o Brasil é a América do Sul poderiam tirar proveito deste fenômeno?
Nos idos da década de oitenta o publicitário Alex Pericinoto (uma espécie de Nobel do Marketing Turístico) desenvolveu um belíssimo projeto: GO SOUTH AMERICA, para redirecionar os fluxos mundiais e melhorar os índices turísticos da América do Sul. A época não houve condições propícias, mas agora a situação é favorável e o Brasil poderia ser o grande beneficiário.
Lula com sua liderança na América do Sul poderia formar um bloco turístico e com apoio de Dilma no banco do BRICS, criaria um fundo para promover a captação destas rejeitadas correntes, gerando riqueza turística para esta parte pobre do continente americano. n