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Rosemberg Cariry: A agonia de impérios
Opinião

Rosemberg Cariry: A agonia de impérios

A fome, a sede e a peste. De que adianta a ONU condenar esse genocídio? De que adiante a maioria dos países do Sul condenar esse crime contra a humanidade? Com a ajuda terrorista dos impérios-ruínas e ante o silêncio covarde dos seus aliados, o genocídio do povo palestino continua a cada dia mais intenso, a cores e ao vivo
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Rosemberg Cariry

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Os impérios se arruínam. As suas agonias são longas, enquanto se alimentam da morte, na vã tentativa de restaurar os antigos poderes e glórias vãs. É um espetáculo triste e deprimente ver a agonia de impérios colonizadores e saqueadores dos povos do planeta, como os Estados Unidos da América, a Inglaterra e a União Europeia. Ruinas econômicas, sociais e morais, nuas das máscaras do chamado "humanismo burguês", sem os disfarces enganosos da "época das luzes", mostrando as suas faces terríveis - as engrenagens monstruosas do capitalismo caduco que veste a máscara de um neoliberalismo também caduco, alimentando-se do sangue dos outros, das riquezas dos outros, dos saberes dos outros, dos sonhos dos outros, da vida dos outros. Triste distopia neocolonial e neoliberal, onde as ruínas se amontoam até o céu, na visão de Walter Benjamin. O Angelus Novus está preso nos escombros da guerra e do chamado "progresso" capitalista que consome a natureza e destrói o mundo.

Na extensão dessa agonia, há um estertor necrófilo insuportável. Esses senhores da guerra, mesmo em ruínas, precisam desovar as suas bombas e engrenagens mortíferas para assegurar colônias em terras distantes. Maior terror do que a guerra que a Ucrânia (por procuração dos impérios-ruínas) trava com a Rússia, é o genocídio perpetrado pelo estado colonial de Israel, com ajuda dos impérios ruinosos, na Palestina ocupada.

Dezenas de milhares de crianças mortas, despedaçadas, mutiladas, queimadas, órfãs, famintas e perdidas, tremendo entre os escombros. Dezenas de milhares de mulheres assassinadas e estilhaçadas pelas bombas. Dezenas de milhares de civis incinerados. Hospitais, escolas, mesquitas, abrigos, campos de refugiados, estradas, serviços de água e de energia, destruídos pelos bombardeios sionistas.

A fome, a sede e a peste. De que adianta a ONU condenar esse genocídio? De que adiante a maioria dos países do Sul condenar esse crime contra a humanidade? Com a ajuda terrorista dos impérios-ruínas e ante o silêncio covarde dos seus aliados, o genocídio do povo palestino continua a cada dia mais intenso, a cores e ao vivo.

Dizem os sábios que essa noite não durará para sempre. O sol nascerá (do Sul Global) e um nova ordem multipolar, mais justa, será instalada no mundo.

 

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