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Cláudia de Albuquerque Lordão: Novos horizontes para mulheres empreendedoras após os 50 anos
Opinião

Cláudia de Albuquerque Lordão: Novos horizontes para mulheres empreendedoras após os 50 anos

O empreendedorismo prateado surge como uma oportunidade de inclusão produtiva feminina. São muitas as histórias de mulheres inspiradoras, que se reinventaram e exploraram novos caminhos em seus setores
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Cláudia de Albuquerque Lordão. Mestre em Políticas Públicas e cerimonialista da Universidade Federal do Ceará. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Cláudia de Albuquerque Lordão. Mestre em Políticas Públicas e cerimonialista da Universidade Federal do Ceará.

Quando se trata de empreender, não há idade certa para começar. Nos últimos anos, temos observado um aumento significativo de mulheres que decidiram iniciar seus próprios negócios após os 50 anos. Elas trazem consigo experiência, determinação e uma vontade de se reinventar, deixando de lado a ideia da aposentadoria. Além disso, demonstram uma notável resiliência, pois com a idade adquiriram uma maior capacidade de enfrentar as adversidades, o que as torna mais preparadas para lidar com as variações e desafios do empreendedorismo.

Ao longo da história, as mulheres têm enfrentado desafios notáveis no mundo dos negócios, especialmente ao tentar empreender em idade mais avançada. Em um estágio da vida marcado por várias transformações, elas precisam lidar com os aspectos complexos dessa realidade. Durante essa jornada, muitas encontram dificuldades relacionadas ao preconceito, como o etarismo, que persiste como uma incômoda barreira. No entanto, com o aumento da longevidade e melhorias nas condições de vida, as mulheres estão encontrando novas oportunidades para explorar seus interesses e habilidades empreendedoras após os 50 anos. Adicionalmente, a experiência acumulada ao longo dos anos, o conhecimento adquirido e uma boa rede de contatos permitem tomar decisões mais acertadas, o que as posiciona de forma competitiva no mercado.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas no Brasil começaram seu próprio negócio com 55 anos de idade ou mais, segundo pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae. É inspirador e desafiador quando uma mulher 50 decide transformar sua vida com algo novo, como empreender, enfrentando dúvidas, preocupações e medos. Essa decisão pode ser impulsionada por fatores como a necessidade de garantir uma fonte de renda e manter-se ativo economicamente após a aposentadoria. Além disso, há motivações que transcendem o aspecto financeiro, como transformar uma paixão em negócio, buscar realização pessoal e encontrar um propósito de vida.

Enfim, o empreendedorismo prateado surge como uma oportunidade de inclusão produtiva feminina. São muitas as histórias de mulheres inspiradoras, que se reinventaram e exploraram novos caminhos em seus setores, provando que a idade é apenas um número para quem sonha e realiza!

O empreendedorismo é um terreno fértil para a resiliência. É a habilidade de enfrentar desafios, superar obstáculos e aprender com as adversidades. Para as mulheres acima de 50, a resiliência é uma aliada poderosa, moldada pelas experiências vividas, que as capacita a transformar contratempos em oportunidades de crescimento.

 

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