2024 foi marcado por uma das olimpíadas mais icônicas da era moderna, tendo como cerne os códigos culturais da França, país sede dos jogos.
Todos sabem que um evento deste porte demanda grandes investimentos, não somente em estrutura para os jogos, mas também em logística, hospitalidade e segurança.
Tal como uma senhora experiente, a França decidiu por emplacar criatividade, arte e contenção de custos para ostentar um jeito novo de realizar a competição, sendo tão severa que falhou na administração de riscos, deixando muitos atletas mal acomodados e mal assistidos, e também incorrendo em questões prejudiciais à saúde e à sua própria imagem, ao expor um rio Sena poluído.
Em se tratando de contexto geral, porém, o país brilhou em dar uma abordagem autêntica, corajosa e adequada ao cenário macroeconômico, inclusive considerando o momento da turbulenta crise em sua capital e de um mundo recheado de conflitos.
Sendo o país que tem o maior fluxo de turistas do mundo, soube tirar o máximo proveito e catapultar sua receita decorrente do acontecimento, que certamente ainda será processada ao longo dos próximos anos, visto que o impacto promocional do país ainda renderá estatísticas superiores.
Saindo do foco da sede dos jogos, outro fator que chama a atenção são os países líderes em medalhas na competição. EUA e China chegarem ao final com o maior número de medalhas, querendo ou não, dita regras sobre como o desenvolvimento e investimentos no setor impactam no sucesso dos desportistas e dos cidadãos como um todo.
Além de países ricos serem ouro em olimpíadas, outro fenômeno que observamos cada vez mais contundente é a participação e liderança de mulheres entre os premiados. Assim ocorreu com o Brasil e outras nações. Este efeito acentua não somente a percepção, mas também a estatística de que o equilíbrio entre homens e mulheres é uma tendência em todas as áreas.
Que lições podemos tirar destas experiências em um cenário em que a economia e as relações de trabalho são repensadas sob aspectos de sustentabilidade, saúde mental, paridade e percepção de valor?
Na minha visão, dois pontos respaldam a relação entre economia e esporte, o fato de serem fundamentais para fortalecer o mercado de trabalho, prolongando a vida e a produtividade; e instrumentos que cooperam com o bem-estar da população, fomentando nações fortes. n