A tarde, que todas as tardes são iguais, deu me na cabeça ir visitar a memoria morta de um ente falecido.
E lá fui, de flor em punho, entre covas mudas a saudar aquele único amigo que realmente eu podia saudar: o coveiro!
Lá ele estava, cabisbaixo, entre a nuvem cinzenta e fria do dia que anuncia o temporal.
Eu, por conveniencia fiz minha parte: Amigo, coveiro, Muito boa tarde! Me diga por mais inutil que for a resposta, porque esse tenebroso oficio de enterrar os mortos, escolheste entre todos os serviços esse vicio de ver o corpo devorado pela terra fria?
E o coveiro, com olhos tristes, me puxou pela camiseta, e me levou a uma tumba onde foto bela de ruiva tinha.
Essa, amigo, respondei-me o coveiro, foi a dona do meu amor primeiro, e por causa dela eu me fiz Coveiro!