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Normalmente isso acontece em aberturas de exposições, por exemplo
Opinião

Normalmente isso acontece em aberturas de exposições, por exemplo

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A proposta era uma abertura de expiação
no Meireles.

No entanto, em um beco nao asfaltado,

Os ricos, que sempre estudaram a pobreza
e o capitalismo,

Mas que, ao mesmo tempo,

Não consegue, ou não querem fugir do sistema

Testam a experiência de como é, cenograficamente, viver com pouco.

Os sapatos caros, de valor financeiro
ou artístico,

Como muitos Espedito Seleiro, pisam no chão que não é de madeira.

Champanhes são servidos,

Às vezes não bebidos,

Mas apenas segurados, Para fazer o social.

Não asfaltar a rua é o "vintage",

A experiência de aparentar viver
outra realidade

Descolados por "não precisar de muito para ser feliz",

Não sabem o que é o pouco.

Vou votar no meu tio.

Vou votar na minha prima.

Meu pai fez isso, meu avô fez aquilo outro. Minha família fundou.

No jardim, o chão é de pedrinhas, igual
àquelas casas,

Sem grama,

Mas com grana.

Tudo é uma experiência de como ser
o que não é.

As pessoas chamam mais atenção que
as obras.

As roupas no corpo são as tintas nas telas,

Exuberantes,

Esbanjando estilo,

Bancando quem são,

Assustando os moralistas.

Vão na esquina, vão ao Marrocos,

Pais médicos,

Filhos artistas,

Pais artistas,

Filhos artistas.

O rico estuda o pobre,

O pobre serve ao rico.

Garçons, garçons, garçons,

Motoristas, motoristas, motoristas, Fotógrafos, fotógrafos, fotógrafos Champanhe, água, champanhe.

Mas era apenas uma exposição de arte.

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