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Dárdano Melo: Uma análise do Plano Nacional de Turismo
Opinião

Dárdano Melo: Uma análise do Plano Nacional de Turismo

O país que tem a segunda maior e mais diversificada oferta de recursos naturais do mundo e a sexta potencialidade de recursos culturais, não consegue ultrapassar a 26ª. posição no ranking mundial do turismo
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Dárdano Nunes de Melo. Membro da Academia Cearense de Turismo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Dárdano Nunes de Melo. Membro da Academia Cearense de Turismo.

O ministro Celso Sabino em breve introdução do Plano tenta mostrar resultados positivos desde a criação do ministério em 2003, bem como a superação do turismo a crise da Covid 19. Por outro lado, mostra que o documento foi feito em parceria com os empresários e entidades que formam o Conselho Nacional de Turismo e alguns notórios saber convidados para integrar ao grupo de elaboração, que deve ser um instrumento dinâmico, passível de atualização. Ele cita os princípios norteadores do plano e tem como meta principal ser o principal mercado da América do Sul.

Nota-se que o plano tem por objetivo nortear o desenvolvimento nacional do turismo tendo por base a sustentabilidade e a Agenda da ONU para 2030. Interessante também é observar os pontos convergentes que tem uma série de objetivos que se forem atingidos fortalecerá o sistema nacional de turismo, citaria alguns: Geração de Emprego e Renda, desenvolvimento sustentável, qualificação profissional, promoção e venda, investimentos, fortalecimento da gestão, redução das desigualdades, desburocratização. Neste caminho mostra também as grandes tendências do turismo tais como: turismo regenerativo, viagens com propósito, turismo de experiência, show travel, nomadismo digital, turismo de negócios, turismo urbano e de luxo.

Como professor e profissional do turismo há mais de 50 anos, acompanho a política de turismo e os vários planos elaborados, muitos com boas inovações e até fazendo um estudo da situação mundial e local, entretanto o que se tem notado é que o país que tem a segunda maior e mais diversificada oferta de recursos naturais do mundo e a sexta potencialidade de recursos culturais, não consegue ultrapassar a 26ª. posição no ranking mundial do turismo e até bem pouco tempo era o 41º. Pais. Existe um profundo erro de concepção política do turismo nacional e uma falta de humildade e autocritica. Muitas correções poderiam ser feitas para fortalecer fundamentos: os objetivos não são metrificados. O objetivo de ultrapassar Argentina e Chile é uma meta supertímida para um país que lidera a América do Sul. Faltou propostas para o incremento do fluxo: reescalonamento das férias escolares, formar um bloco na América do Sul, estratégias para vender Amazonas, criar um sistema nacional de capacitação turística etc.

 

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