O sistema financeiro tem evoluído com o surgimento das fintechs, impulsionado pela complexidade da economia brasileira, suas peculiaridades culturais, geográficas e econômicas. Nos últimos anos, uma quantidade crescente destas têm surgido em setores como agronegócio, indústria, comércio e serviços. As empresas têm adotado essas soluções como um diferencial estratégico, o que tem dinamizado o ecossistema financeiro.
As fintechs inicialmente representaram uma ameaça disruptiva ao modelo financeiro vigente. Elas oferecem uma experiência diferenciada ao cliente, combinando agilidade, soluções especializadas e tecnologia, contrastando com as grandes instituições financeiras. No entanto, o tempo mostrou que a competição não é a única perspectiva. Em vez disso, a colaboração começou a surgir quando os incumbentes e fintechs perceberam a contribuição mútua que cada um traz ao ecossistema.
Ambos os lados, entendendo suas forças e fraquezas, começaram a se complementar e agora colaboram, maximizando o valor gerado ao ecossistema. O processo evolui para a coopetição, onde competição e cooperação coexistem.
Ao entenderem isso, muitos incumbentes criaram soluções combinadas com as fintechs para ofertar aos clientes, na qual cada um contribui estrategicamente com o que faz de melhor. Em outros casos, o próprio incumbente se torna fornecedor de soluções para as fintechs, seja no fornecimento de funding para a operação ou na infraestrutura necessária para potencializar a entrega dos serviços. Em muitos casos, essa relação amadurece para uma aquisição parcial ou total da fintech por parte das incumbentes, integrando a sua própria estratégia. O mesmo ocorre entre as fintechs, cada vez mais vemos alianças e parcerias estratégicas entre si, criando uma oferta única de valor aos clientes.
O resultado disso tudo é o fortalecimento do nosso ecossistema, tornando esses laços uma grande força do sistema financeiro brasileiro. O futuro é muito auspicioso e estamos vendo com nossos próprios olhos ele se desenrolar.