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Rudy Fernandes: Cinco anos da tragédia do Andrea
Opinião

Rudy Fernandes: Cinco anos da tragédia do Andrea

Cinco anos depois, esse episódio lembra que a segurança dos moradores precisa estar no centro das atenções em qualquer condomínio
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Rudy Fernandes

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O dia 15 de outubro está marcado na história de Fortaleza. A tragédia do desabamento do Edifício Andrea, em 2019, que tirou a vida de nove pessoas, trouxe à tona a questão urgente da manutenção predial. O caso evidenciou como o envelhecimento das edificações pode ter consequências fatais quando a manutenção preventiva é negligenciada. Cinco anos depois, esse episódio lembra que a segurança dos moradores precisa estar no centro das atenções em qualquer condomínio.

Comparo a manutenção de um prédio ao cuidado com o nosso próprio corpo. Quando estamos jovens e saudáveis, muitas vezes negligenciamos cuidados essenciais, como consultas médicas regulares e uma alimentação balanceada.

Somente quando surgem problemas de saúde mais sérios, é que procuramos ajuda médica, o que geralmente torna o tratamento mais complicado e dispendioso. Da mesma forma, esperar que um prédio comece a apresentar problemas graves para só então tomar providências pode resultar em custos elevados e riscos à segurança dos moradores.

Fortaleza, com sua umidade e salinidade características, apresenta desafios específicos que aceleram o desgaste das edificações. A maresia, por exemplo, corrói estruturas metálicas e deteriora concreto e revestimentos.

Por isso, a manutenção preventiva aqui é ainda mais crucial. Pequenos reparos regulares e inspeções periódicas podem prevenir problemas maiores, como infiltrações, fissuras e até desabamentos, que colocam em risco a vida dos moradores.

Além dos aspectos de segurança, temos o ponto de vista econômico. Um prédio bem conservado mantém ou até valoriza seu valor de mercado, enquanto uma edificação degradada perde valor rapidamente. Portanto, investir na manutenção não é um gasto, mas uma forma de proteger e valorizar o patrimônio.

Como presidente da Adconce, insisto na importância de uma cultura de manutenção preventiva em Fortaleza. É essencial que síndicos, administradores de condomínios e proprietários de imóveis entendam que a manutenção regular não é opcional, mas uma responsabilidade compartilhada que traz benefícios para todos. 

 

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