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Um gol para a vida
Opinião

Um gol para a vida

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No sábado, dia 21 de setembro, o bairro Itaperi, em Fortaleza, parou para assistir ao maior torneio de futebol entre favelas do mundo. Organizado, promovido e realizado pela Cufa Ceará, a Taça das Favelas desembarcou, em 2024, na areninha do parque Dom Aloísio Lorscheider. O evento contou com as finais masculina e feminina. Se entre os homens, o time da comunidade Jardim União saiu vencedor, entre as mulheres o time do Bela Vista não deixou barato e também levantou o troféu de campeão.

Em razão do esporte, as partidas tiveram de separar vencedores de perdedores, mas para quem participou de toda a cerimônia, percebeu a importância da visibilidade social gerada a partir de um evento desse tamanho. Arrisco a dizer que algumas centenas de torcedores estavam nas arquibancadas montadas, e pode contabilizar a minha presença aí, além dos espectadores que acompanharam a transmissão do jogo pela televisão. Se eu usei a palavra visibilidade em termos de audiência, aproveito e uso a palavra social para falar de oportunidades.

Eventos, como esse, dão chances que não podem ser desperdiçadas. Para além do que imaginemos, um campo de futebol tem o poder de dar sentido a vida de um jovem da periferia. Isso quem diz não sou apenas eu, são as histórias contadas através dos projetos sociais. São nesses cenários, que a implantação das políticas públicas se fazem necessárias, no intuito de informar, informar não, gerar, gerar não, conscientizar, isso, conscientizar sobre o impacto do esporte na sociedade.

No fim de semana que a sociedade só tem a ganhar, tenho quase certeza que ninguém saiu derrotado. O lema da competição é "Um gol para a vida". No fim, fiquei refletindo e pensei: "Rapaz, num é que isso faz sentido".

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