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Valmir Arruda: O novo sempre vem! Um IFCE para as pessoas!
Opinião

Valmir Arruda: O novo sempre vem! Um IFCE para as pessoas!

Os desafios de hoje não são os mesmos de quando nossos modelos de gestão foram estabelecidos. Precisamos de uma gestão mais humana, menos burocrática, onde o diálogo prevaleça e o cuidado seja a prioridade
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Valmir Arruda de Sousa Neto. Graduado em Educação Física (UVA), mestre em Educação (UFC), doutor em Educação Física (UNB) e professor do curso de Licenciatura em Educação Física do IFCE - Campus Canindé. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Valmir Arruda de Sousa Neto. Graduado em Educação Física (UVA), mestre em Educação (UFC), doutor em Educação Física (UNB) e professor do curso de Licenciatura em Educação Física do IFCE - Campus Canindé.

O Instituto Federal do Ceará (IFCE) chegou a um ponto de inflexão. Para onde vamos a partir daqui? A resposta depende da nossa coragem para mudar e da nossa capacidade de colocar as pessoas no centro da gestão.

O IFCE é mais que processos, regras e números; é uma comunidade de docentes, taes e estudantes. Porém, a burocracia e antigos modelos de gestão nos tornaram reféns de sistemas ultrapassados, ignorando o que realmente importa: o cuidado com quem faz a instituição funcionar. O aumento de adoecimentos e afastamentos é um grito de socorro que não pode ser mais ignorado.

Nosso compromisso para a gestão do IFCE no próximo quadriênio é claro: integrar a comunidade educacional e promover o máximo de transparência em todos os processos. Acreditamos que uma instituição só pode prosperar quando cada indivíduo é valorizado, ouvido e incluído na tomada de decisões.

A base da nossa instituição é formada pelos estudantes, que devem encontrar um ambiente acolhedor, estimulante e propício ao aprendizado. Paralelamente, é fundamental valorizar os servidores, garantindo que tenham condições de trabalho adequadas e reconhecimento pelo seu papel essencial no funcionamento da instituição.

Precisamos ter coragem para enfrentar essa realidade e iniciar um diagnóstico profundo. Esse processo deve examinar as relações de trabalho dentro do IFCE, identificar as causas do adoecimento e, sobretudo, propor soluções que cuidem de nossos servidores e servidoras. Não podemos mais aceitar uma gestão que prioriza números em detrimento do bem-estar de sua própria comunidade.

Os desafios de hoje não são os mesmos de quando nossos modelos de gestão foram estabelecidos. Manter padrões antiquados é perpetuar problemas. Precisamos de uma gestão mais humana, menos burocrática, onde o diálogo prevaleça e o cuidado seja a prioridade.

A gestão central também precisa se aproximar dos campi do interior. A desconexão física e simbólica entre a reitoria e essas unidades é evidente. Visitas constantes da reitoria a cada campus são fundamentais, não como gesto simbólico, mas como uma medida prática para abrir diálogo e oferecer respostas às demandas locais. Precisamos ir até os campi, ouvir, dialogar e propor ações concretas que atendam às suas necessidades específicas.

Transformar o IFCE requer que todos tenham voz e participação. A gestão que precisamos é aquela que escuta, que cuida e, acima de tudo, que valoriza as pessoas.

 

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