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Emmanuel Teófilo Furtado: Todo homem precisa de uma mãe
Opinião

Emmanuel Teófilo Furtado: Todo homem precisa de uma mãe

Quanto Ministro da Justiça, Flávio Dino disse ser questão de honra desvendar toda a trama para tirar a vida do motorista e da vereadora ativista. Dito e feito. Faltam os mandantes, os irmãos Brazão, que, com foro privilegiado, serão julgados pelo STF
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Emmanuel Teófilo Furtado

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Vê-se nítido louvor à figura da mãe, demonstrando-se com muita ênfase sua importância imprescindível e de alicerce na vida de qualquer pessoa humana, na música que tem o título deste artigo e que é interpretada por Zeca Veloso, dela participando Moreno Veloso e o esplendoroso Caetano Emanuel Veloso. A par da letra, a melodia traz em si um tom maternal, aconchegante e acolhedor, ínsito à condição de mãe, sempre presente na vida do filho.

Tangente à letra, menciona elementos da natureza, como o sol, o mar, essenciais ao surgimento da vida mais primeva, sendo repleta de imagens poéticas que, com o auxílio de metáforas, patenteiam a íntima conexão entre mãe e filho. De outra banda, quando faz menção ao cordão umbilical, explicita que as ligações física e emocional da mãe com o filho são inquebrantáveis. O fato de haver uma insistente repetição do verso "Todo homem precisa de uma mãe" dá um tom de universalidade à maternidade, dando-se uma eufonia à composição.

Exalta o abrigo e conforto que traz a presença da mãe, ao expressar "me abrigo em colo, em chão", dando a ideia de porto seguro que sempre existirá no colo da mãe por toda a vida do filho, independente da idade. Como disse o poeta Drummond: "Mãe nunca deveria morrer". A singeleza e a repetição dos versos reforçam a ideia de afeto e acolhimento transmitida pela música, deixando patente a noção de que a mãe é a base da vida de toda pessoa. Se o leitor ainda não ouviu a música, busque-a numa plataforma digital e, por muito obséquio, depois releia este artigo.

Lembrei-me da mãe de Marielle Franco, que, dia 31/10, viu condenados, pelo Tribunal do Júri do Rio, Ronnie Lessa (pena de 78 anos) e Élcio de Queiroz (pena de 59 anos). Governos federal e estadual anteriores retardaram o julgamento desse brutal crime. Então como Ministro da Justiça do atual governo, Flávio Dino disse ser questão de honra desvendar toda a trama para tirar a vida do motorista e da vereadora ativista. Dito e feito. Faltam os mandantes, os irmãos Brazão, que, por conta do foro privilegiado, serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal.

Todo homem precisa de uma mãe e toda mãe precisa de uma filha!

 

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