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Luciane da Luz: Democracia ativa depende do engajamento
Opinião

Luciane da Luz: Democracia ativa depende do engajamento

A exclusão de parte da população do debate público e das decisões políticas compromete a ideia de um governo realmente inclusivo
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Luciane Da Luz

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O cenário atual da democracia no Brasil enfrenta desafios que testam a resiliência das instituições e a confiança da população. As eleições, marcadas por discursos polarizadores e suspeitas de fraude, evidenciam preocupações sobre a integridade do processo democrático. A democracia brasileira, consolidada desde 1988, ainda lida com questões como desinformação, desigualdade e falta de representatividade.

Um dos principais problemas é a desconfiança nas instituições. As fake news e teorias conspiratórias no ambiente digital contribuem para o enfraquecimento da confiança na justiça e nos órgãos eleitorais. A polarização política, que divide o país, cria um cenário de hostilidade, dificultando o diálogo entre diferentes grupos.

Além disso, a desigualdade social e econômica é uma barreira significativa para a plena efetivação da democracia. A exclusão de parte da população do debate público e das decisões políticas compromete a ideia de um governo realmente inclusivo. A falta de políticas eficazes para reduzir a pobreza e aumentar o acesso à educação e saúde impede o desenvolvimento de uma cidadania ativa e consciente.

Outro ponto relevante é a representatividade política. Apesar de avanços na presença de mulheres e minorias, a política brasileira ainda é dominada por grupos que não refletem a diversidade da população. Esse desequilíbrio enfraquece a legitimidade das decisões políticas e a capacidade do Estado de atender às demandas sociais.

Em meio a esse cenário, é fundamental fortalecer a educação política e o engajamento cívico. Promover o entendimento sobre o funcionamento das instituições e a importância do voto consciente é essencial para criar uma sociedade mais participativa e crítica. Também é necessário promover reformas políticas que ampliem a inclusão e a transparência no processo eleitoral.

O Brasil possui uma democracia jovem, mas resistente. Apesar dos desafios, as instituições têm mostrado capacidade de enfrentar crises e evoluir. O caminho para uma democracia mais robusta e inclusiva depende do compromisso coletivo de enfrentar desigualdades, combater a desinformação e fortalecer a confiança nas instituições. É necessário que todos, desde os representantes eleitos até os cidadãos, se engajem na construção de um futuro mais justo e democrático.

 

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