A data de hoje é histórica: 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Feriado nacional no Brasil pela primeira vez, a partir de lei sancionada no ano passado pelo presidente Lula, este é um momento de relembrarmos o passado para que ele nunca se repita e de reforçarmos a importância da luta pela liberdade de todas as pessoas.
Símbolo de resistência e da luta contra o racismo no Brasil, Zumbi dos Palmares foi um líder quilombola, o último líder do Quilombo dos Palmares. Batalhou pelo fim da escravidão colonial no Brasil e, assassinado em 20 de novembro de 1965, teve a data de sua morte adotada como o Dia da Consciência Negra.
A reafirmação da importância histórica de Zumbi é essencial ao pensarmos sobre a luta da população negra nos tempos atuais. Se temos um presente onde podemos sonhar e trabalhar por igualdade de direitos e oportunidades, é também graças àqueles que, no passado, batalharam pela liberdade e contra o preconceito.
Neste Dia da Consciência Negra, lembro também que o Ceará é um estado vanguardista. O primeiro do Brasil a abolir a escravidão, no dia 25 de março de 1884, quatro anos antes da Lei Áurea. Tantos anos depois, com tanta luta ainda a ser travada em prol da igualdade, o Ceará segue nesse percurso.
Com a criação da Secretaria da Igualdade Racial do Ceará, ato de enorme importância do governador Elmano de Freitas, damos visibilidade a essa luta. O belo trabalho feito pela secretária, e sempre professora, Zelma Madeira, m frente da pasta já traz resultados valorosos, como é o caso do II Festival Afrocearensidades para celebrar o Novembro Negro.
Assim como os Direitos Humanos, a Igualdade Racial é transversal. Por isso devemos todos, juntos, valorizar o protagonismo negro e os saberes ancestrais da população negra. A história e a cultura afro-brasileira devem ser evidenciadas e enaltecidas, para enfrentarmos as desigualdades e celebrarmos a diversidade. A data de hoje marca a importância do debate e da reflexão sobre essa luta. n