O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino (19 de novembro) representa as mulheres empreendedoras das mais distintas classes e raças. É real a economia fomentada por mulheres. Cada espaço que ocupamos nos mercados vem carregado de simbolismo, pois é resistência na busca incansável por igualdade de oportunidades.
Em todo o Brasil já somos 10 milhões de empreendedoras (IBGE, 2024) impulsionando a economia com geração de empregos, renda e inovação. Ainda que tenhamos desafios significativos para transpor, como as jornadas duplas (empreendedora x dona de casa), linhas de créditos com taxações acessíveis e a questão de gênero.
No Ceará, segundo a Junta Comercial do Estado (Jucec, 2024), tem-se 631.259 registros de negócios em que mulheres são sócias e empresárias atuando em três segmentos: serviços, comércio e indústria. No Cariri a cidade de Juazeiro do Norte possui 22.094 empreendedoras, número considerável para a economia da Região Metropolitana.
Conhecida região como celeiro para o empreendedorismo feminino em razão da diversificação econômica e continua expansão dos setores de serviços e comércio varejista, movidos pela figura do Padre Cicero e suas romarias, e o setor gastronômico e hoteleiro. Tais fatores alavancaram o fomento público e privado direcionados, principalmente, para o desenvolvimento técnico e emocional das mulheres.
Ocorreram eventos que ao longo deste ano impactaram a região com temáticas sobre empoderamento feminino e empreendedorismo, fidelizando um público que em média variava de 700 a 1200 mulheres por evento. Dentre muitos destacam-se: Delas Day, Encontro de Mulheres do Cariri, Mulheres que Movimentam, Lugar de Empresária é no TOPO!, Café com Empreendedoras do Cariri.
É importante salientar o marco temporal - que desencadeou ainda mais o orgulho da mulher caririense na busca por acolhimento, emancipação sócio- emocional e financeira, conhecimento e oportunidades de empreender - que foi a inauguração no ano de 2022 da Casa da Mulher Cearense do Cariri, a primeira do Estado em Juazeiro do Norte.
Já dizia Drummond de Andrade (1902-1987): "Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda [...] E reconhecer nela o seu lugar".