O ano de 2024 já está indo embora, mas nos deixou uma importante reflexão sobre o resultado das últimas eleições, onde pode está surgindo uma nova dinâmica na política brasileira. Você conseguiu entender o recado que as urnas nos trouxe? Eu entendi e vou te explicar o meu ponto de vista. É fato que os últimos anos foram marcados por debates públicos acalorados de muita polarização ideológica entre os radicais de esquerda e direita, porém, esses atores saíram um tanto quanto enfraquecidos dessa disputa.
Será que podemos apontar como vitoriosos nesse contexto os candidatos de centro? De certo que, se as forças de candidatos tidos como extremos se enfraquecem, uma terceira via volta à tona e transforma o cenário político atual, trazendo um debate mais moderado e propositivo, que eu, particularmente, acredito ser o que precisamos nesse momento. Muito embora os radicais estejam presentes em todas as áreas e esferas do poder, aquele protagonismo que carregavam, parece estar em declínio.
Mas, vamos à pergunta chave para essa reflexão: o que será que mudou? Será que alguns partidos perceberam que essa transformação era necessária e estão mudando o discurso, ou será que o eleitor que está mais crítico e com uma visão mais aberta e mais conciliatória? Nitidamente vemos que os cidadãos estão cansados do radicalismo agressivo e estão optando por discursos mais equilibrados e políticos que saibam dialogar de igual pra igual.
Os centristas defendem que não deve haver extremismos ou intransigências na sociedade, propondo um diálogo aberto e uma aproximação entre as diferentes visões ideológicas, parece-me que é esse equilíbrio que tem atraído o eleitorado mais analista, que deseja superar esse papo mais agressivo e focar em soluções práticas para os inúmeros problemas que nosso país enfrenta.
Essa eleição nos mostrou que os eleitores podem estar propensos e dispostos a saírem dessa polarização, na expectativa de se ter mais possibilidades de governabilidade e estabilidade, sem abrir mão das necessidades econômicas e das pautas sociais delicadas que sofremos. Será que esse é um sinal de que o nosso futuro deverá passar por uma política mais madura, centrada e voltada para um avanço coletivo e não somente uma luta infindável entre inimigos partidários?