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Vera Lima: O protagonismo feminino contra a violência
Opinião

Vera Lima: O protagonismo feminino contra a violência

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Vera Lima. Membro do Conselho do Grupo Mulheres do Brasil Fortaleza e líder do Comitê de Empreendedorismo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Vera Lima. Membro do Conselho do Grupo Mulheres do Brasil Fortaleza e líder do Comitê de Empreendedorismo.

Em uma sociedade ainda marcada por desigualdades profundas, a violência de gênero segue como uma das mais brutais expressões do patriarcado, afetando milhões de mulheres no Brasil e no mundo. Essa realidade, entretanto, não é imutável. A transformação social passa pelo fortalecimento do protagonismo feminino, uma causa que exige o esforço de todos.

O Grupo Mulheres do Brasil é exemplo vivo de que a mudança é possível. Suas iniciativas, que vão da capacitação profissional ao apoio emocional, devolvem às mulheres a possibilidade de sonhar e de reescrever suas trajetórias. Quando mulheres têm acesso a oportunidades de formação e lideram seus próprios empreendimentos, não apenas transformam suas vidas, mas também impulsionam o desenvolvimento de suas comunidades.

Porém, mesmo diante de avanços significativos, não podemos ignorar os desafios persistentes. O ciclo da violência de gênero ainda aprisiona milhares de mulheres em situações de vulnerabilidade extrema. É preciso que governos, instituições e sociedade civil se engajem ativamente para quebrar essas correntes, oferecendo políticas públicas eficazes e redes de apoio que sustentem iniciativas como as do Grupo Mulheres do Brasil.

Capacitar mulheres e promover sua independência econômica são passos essenciais para desconstruir estruturas opressivas. Afinal, quando uma mulher se torna economicamente independente, ela não apenas se empodera, mas também diminui a sua exposição à violência e amplia suas possibilidades de escolha.

O exemplo das irmãs Mirabal nos lembra que a resistência não é apenas um ato de coragem individual, mas também um gesto de esperança coletiva. A luta contra a violência de gênero é diária e inadiável. Enquanto houver desigualdade, enquanto o medo sufocar a voz de mulheres em qualquer lugar, todos temos uma responsabilidade inegável de agir. E, ao empoderarmos mulheres, estamos, na verdade, reconstruindo as bases de uma sociedade mais justa, livre e igualitária para todos.

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