Logo O POVO+
Francisco Adalberto Vieira dos Anjos: Agamia: novos modos de relacionamento entre os pares
Opinião

Francisco Adalberto Vieira dos Anjos: Agamia: novos modos de relacionamento entre os pares

Esse novo modo de comportamento amoroso, revela um tipo de vínculo em que os parceiros não precisem do outro para alcançar a completude, e, desse modo, facilitaria a relação sem que houvesse nenhuma dependência ou comprometimento
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Foto do Articulista

Francisco Adalberto Vieira Dos Anjos

Articulista

Você já ouviu falar no termo "agamia"? Trata-se de um novo modo de relacionamento entre as pessoas pelas quais não se baseia em interesse de firmar ou mesmo comprometer-se a um relacionamento romântico com outra pessoa. A expressão "agamia" vem do grego 'a' ("não" ou "sem") e 'gamos' ("união íntima ou casamento"). Ao contrário da monogamia, pessoas com essa tendência não tem "interesse" de envolver-se em qualquer casamento oficial ou reconhecido, muito menos ter filhos.

Esse novo modo de comportamento amoroso, revela um tipo de vínculo em que os parceiros não precisem do outro para alcançar a completude, e, desse modo, facilitaria a relação sem que houvesse nenhuma dependência ou comprometimento. O medo de ser traído, magoado ou mesmo um sério comprometimento afetivo, poderia ser um bom motivo de aderir a esse tipo de relacionamento.

Os agâmicos buscam vínculos tentando redefinir alguns conceitos acerca do amor, e da família. Essa abordagem tem uma certa tendência de preservação ambiental e até mesmo de sustentabilidade, não dando valor ao casamento, adiando dessa forma, algum início da vida sexual quando bem jovens. Estudos mostram que essa nova tendência de vínculo afetivo, inicia principalmente na vida jovem, tendo como adesão vários países da América Latina, bem como os Estados Unidos e Japão, e, claro, o Brasil não fica de fora.

O que você acha dessa nova tendência romântica? Esse novo vínculo social baseado pela falta de interesse do indivíduo firmar relacionamento com outra pessoa, poderá ser resultado também de os jovens estarem constantemente ligados às mídias sociais cujo comportamento pode afetar nos relacionamentos saudáveis ou início de uma vida sexual precoce, sem vínculos afetivos no que diz respeito ao amor, família e as relações afetivas como um todo.

É preciso destacar o papel importante que a família tem como primeira instituição social sem deixar de lado os valores, dentre eles o respeito e a liberdade de escolha que o indivíduo tem dentro do seu convívio social. E lembremo-nos: o amor não tem forma definida.

O que você achou desse conteúdo?