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Joaquim Cartaxo: A economia dos pequenos negócios
Opinião

Joaquim Cartaxo: A economia dos pequenos negócios

Esses resultados demonstram o vigor das micro e pequenas empresas no dinamismo da economia real, aquela que está ao nosso redor, em nosso cotidiano
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Joaquim Cartaxo

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Pacote fiscal, crescimento do PIB, alta do dólar, inflação, taxa Selic são temas econômicos que comumente obtêm destaque nos noticiários e nos debates especializados. Porém, há uma vertente da economia expressiva e potente que, em geral, ainda não chama a atenção do grande público, mas impacta fortemente no dia a dia das pessoas em suas cidades, bairros e comunidades: a economia dos pequenos negócios.

Esta economia representa cerca de 96% das empresas abertas de janeiro a outubro deste ano em todo o país. No Ceará, no mesmo período, foram formalizados 99,6 mil novas empresas, das quais 97% são microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), ou seja, os pequenos negócios.

Além da participação destacada no PIB brasileiro (os pequenos negócios são responsáveis por 30% dos produtos e serviços produzidos no país), a geração de empregos é outro fator que mostra a potência dessas empresas. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam os pequenos negócios como responsáveis por seis a cada dez contratações de pessoal registradas no país nos dez primeiros meses de 2024.

Por certo, tal resultado contribuiu para que o Brasil registrasse, no período de agosto a outubro de 2024, a menor taxa de desocupação referente à força de trabalho do país em uma série histórica iniciada em 2012: 6,2%, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

Os pequenos negócios do Ceará também apresentam desempenho positivo com relação à geração de empregos formais. Ainda segundo os dados do Caged, do saldo acumulado de janeiro a outubro de 2024, 76% dos empregos foram criados pelas micro e pequenas empresas (MPE) cearenses, o equivalente a 44.102 empregos formais.

Esses resultados demonstram o vigor das MPE no dinamismo da economia real, aquela que está ao nosso redor, em nosso cotidiano. Por isso, a economia dos pequenos negócios precisa ser priorizada pelos governos e valorizada pela sociedade, tendo em vista sua capacidade de mudar as condições de vida e trabalho das pessoas em seus territórios, gerando renda, dignidade e igualdade social. O empreendedorismo dos pequenos negócios gera desenvolvimento.

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