O presente texto se refere aos desafios que encontro na luta pela inclusão, pois essa discussão é de grande relevância na minha vida por estar vivendo em uma época em que o respeito à diversidade e a garantia do direito à participação social de cada pessoa, independentemente de suas características (gênero, étnicas, socioeconômicas, religiosas, físicas e psicológicas), têm emergido como uma questão ética.
Isso faz com que eu promova reivindicações por uma sociedade inclusiva e justa. Deparo-me, frequentemente, com as resistências das pessoas, manifestadas através de questionamentos e queixas, pois pensam que estou pedindo um favor tal como: coloque rampas, piso podo tátil, um corrimão e assim sucessivamente. Pois é, aprendi que direito ninguém pede, exige.
Posso concluir que, para o processo de inclusão das pessoas com deficiência, é preciso que haja uma transformação cultural e ética que venha beneficiar toda e qualquer pessoa, levando em conta a especificidade do sujeito e não mais as suas deficiências e limitações.
Acredito que transformações são necessárias para que aconteça de fato a inclusão, não apenas no papel ou na presença física das pessoas com deficiência. Entendo que a inclusão não é só respeitar a lei. Ela depende de vários fatores tais como o atitudinal, a sensibilização da sociedade e criação de Políticas Públicas eficientes que revertam essa exclusão. Assim sendo, fica claro perceber que a inclusão é um processo complexo que precisa ser bem discutido. O problema é esperar a sociedade ficar pronta para receber as pessoas com deficiência ou através desta inclusão buscar as mudanças? Penso que chegou a hora de rever os conceitos sobre as pessoas com deficiência e a sociedade vigente.