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Bárbara Porro: Segurança digital: educar é a melhor proteção
Opinião

Bárbara Porro: Segurança digital: educar é a melhor proteção

O ambiente online oferece inúmeras possibilidades de aprendizado e entretenimento, mas também esconde perigos. Exposição a conteúdos inapropriados, cyberbullying e contatos mal-intencionados são riscos reais
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Bárbara Porro. Psicóloga e diretora da TreeHouse. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Bárbara Porro. Psicóloga e diretora da TreeHouse.

O acesso à internet já é uma realidade consolidada para crianças e adolescentes brasileiros, e os números continuam impressionando. O estudo TIC Kids Online Brasil 2024, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revelou que 93% desse público têm acesso à rede e 83% possuem perfis em plataformas digitais como WhatsApp, Instagram, TikTok e YouTube.

Esses dados mostram a presença massiva da tecnologia no cotidiano dos jovens, além de um cenário de vulnerabilidade. Apesar das regras que proíbem menores de 13 anos de criarem contas, 60% das crianças entre 9 e 10 anos já estão ativas nas redes sociais.

Essa presença digital precoce não pode ser ignorada. O ambiente online oferece inúmeras possibilidades de aprendizado e entretenimento, mas também esconde perigos. Exposição a conteúdos inapropriados, cyberbullying e contatos mal-intencionados são riscos reais. Proteger as crianças vai além de restringir ou bloquear o acesso. É necessário educá-las para que se tornem navegantes conscientes e críticos.

Vale destacar que a educação digital não é apenas responsabilidade das famílias. As escolas também desempenham um papel essencial ao integrar essa temática ao currículo. Assim, ajudam as crianças a compreender os riscos e as oportunidades do ambiente online. Se bem utilizada, a internet pode ser uma poderosa aliada, com ferramentas educativas, jogos interativos e plataformas de aprendizado que estimulam criatividade e raciocínio crítico.

Embora muitas crianças conheçam o YouTube, poucas têm acesso a plataformas que permitem explorar o mundo, visitar museus e interagir com diferentes ambientes. Isso reforça a importância de diferenciar o uso das telas: de forma passiva, apenas assistindo, ou ativa, desenvolvendo jogos, aprendendo sobre linguagens de programação e pesquisando com fontes confiáveis.

Ou seja, preparar as crianças para os desafios e as oportunidades do mundo digital é fundamental. Educar é a melhor forma de protegê-las, promovendo uma relação saudável e consciente com a tecnologia, para que estejam prontas tanto para evitar perigos quanto para aproveitar o vasto potencial da internet.

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