A crise climática está causando eventos preocupantes. Essa situação é um exemplo claro de como esses eventos podem afetar a infraestrutura urbana de uma cidade. As concessionárias de energia, diante dessa realidade, precisam urgentemente de um plano que leve em consideração as mudanças climáticas.
É necessário que um mapeamento detalhado dos riscos climáticos específicos para cada região, do país considerando eventos como chuvas intensas, secas prolongadas e ventos fortes seja feito. Também é importante investir em melhorias na infraestrutura elétrica, como reforço de postes, redes subterrâneas em áreas vulneráveis e instalação de sistemas de proteção contra raios.
A implementação de sistemas de monitoramento climático e de rede elétrica em tempo real, permitindo respostas rápidas a emergências, também é uma boa opção a ser adotada. Outra saída é desenvolver e praticar planos de resposta a crises que incluam evacuação, realocação de recursos e comunicação com a população. Além de claro, promover treinamentos regulares para os funcionários sobre como agir em situações de emergência climática.
Para evitar que episódios de quedas de energia se repitam aqui no estado, o Ceará precisa investir em modernização da rede elétrica, com foco em áreas mais suscetíveis a eventos climáticos. Além disso, é preciso expandir o uso de energia solar e eólica, que podem ser mais resilientes a condições climáticas extremas, e criar micro-redes que funcionem independentemente da rede principal em caso de falha, além de sistemas de armazenamento de energia.
Do ponto de vista do apagão recente de São Paulo, percebeu-se que ter a necessidade de levar trabalhadores do Ceará para lidar com a situação na maior cidade do país pode indicar uma falta de preparo e planejamento da Enel no estado. Essa dependência de mão de obra externa sugere que não havia recursos suficientes ou protocolos eficazes para gerenciar a crise localmente. Essa situação, além de vexatória, revela a urgência de as concessionárias se prepararem adequadamente, não apenas com infraestrutura, mas também com a capacitação de suas equipes para responder a situações climáticas extremas.