Para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva, é fundamental contar com dados precisos e atualizados sobre a realidade das pessoas com deficiência. Informações confiáveis são a base para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e alinhadas às necessidades específicas desse grupo, garantindo que as ações sejam direcionadas e promovam a inclusão adequadamente.
Segundo dados recentes do IBGE, Fortaleza conta com 255 mil pessoas com deficiência (PcD) em idade e condições de trabalho. No entanto, apenas 88 mil estão empregadas, enquanto 167 mil seguem desempregadas. Apesar de relevantes, essas informações foram coletadas em 2022 e já estão desatualizadas.
É fundamental que o poder público realize levantamentos mais recentes e detalhados nas 12 regionais da capital cearense para garantir ações mais eficazes e alinhadas à realidade atual. A integração dessas pessoas no mercado de trabalho de Fortaleza é um desafio que exige compromisso e ação coordenada.
Com essa premissa, apresentamos em Fortaleza um projeto de lei que visa instituir o Censo Municipal das Pessoas com Deficiência. A iniciativa busca preencher uma lacuna importante na gestão pública da cidade, uma vez que a ausência de estatísticas detalhadas e atuais sobre as PcD dificulta a identificação das demandas e a avaliação do impacto das ações implementadas.
O censo é essencial também para a Prefeitura poder entender a realidade das pessoas com autismo. Esse levantamento permite mapear as necessidades específicas desse grupo, identificando suas características e desafios, possibilitando a criação de políticas públicas mais precisas e adaptadas.
A inclusão é um desafio que transcende ideologias políticas, e deve unir lideranças em torno de uma causa comum: garantir dignidade, respeito e oportunidades para todos os cidadãos. Nesse contexto, a aprovação do Censo na CMFor será um marco de comprometimento com o bem-estar coletivo, mostrando que, apesar das diferenças ideológicas, a busca por uma sociedade mais equitativa é um ponto de convergência na casa por uma Fortaleza mais acessível.
Ao promover políticas inclusivas, investir em capacitação e garantir a acessibilidade, a cidade pode avançar na construção de um ambiente de trabalho mais justo e acessível para todos.