Os dias melhores nunca virão? A crise de segurança pública em que se encontra o estado do Ceará perpassa por anos e, até agora, nenhuma solução eficaz foi trabalhada e sequer apresentada à população. O discurso de que “isso é um problema sem solução” não combina com os Estados que apresentam número de homicídios quase 10 vezes menor que o do Ceará.
O discurso de que “tem de ser aliado do Governo Federal” cai por terra também, pois os melhores resultados são de opositores ao Governo do PT. Os aliados estão entre os piores resultados. Em dois anos de gestão, o governo Elmano de Freitas amarga números indigestos. Dados do Ministério da Justiça apontam que a taxa de homicídios no estado é a segunda maior do país. Estamos entre os estados tradicionalmente violentos, como Pernambuco e Alagoas.
Não estamos seguros dentro de nossas casas, escolas, praças e shoppings. Os profissionais de segurança, que dedicam suas vidas para combater a criminalidade, estão sendo expulsos de suas moradias e eliminados de forma brutal pelos criminosos, mas sabe o que é pior? A falta de sensibilidade do gestor, que mais está preocupado em agradar seus padrinhos políticos, aprovando e acatando medidas e projetos que prejudicam e desvalorizam o trabalho destes profissionais, como é o caso do decreto que limita a ação policial.
Lá em 2023, o ministro da justiça, à época Flávio Dino, veio ao Ceará e deu um cheque em branco ao governador para investir em segurança pública. O ministro havia dito, ainda, que Elmano teve acesso a um orçamento de R$ 70 milhões para investir na pasta; o fato é que, se existiu ou não esse cheque e se o valor chegou ou não na conta, não houve mudança alguma, ou melhor dizendo, houve, sim, só que foi para pior! Os números não mentem e o que parece é que uma carta-branca foi dada ao crime, porque eles, sim, estão evoluindo e avançando.
É hora de virar a chave. O governador precisa mostrar para que veio, se é que não já mostrou. Ninguém aguenta mais viver em um lugar onde os criminosos ditam como e onde o cidadão deve andar, se portar e agir. Precisamos reavaliar o que foi feito nos últimos anos e o que será feito daqui para a frente. Ou o Governo muda de estratégia, se é que tem alguma, ou seremos engolidos pelos criminosos que viram no Ceará um verdadeiro paraíso para se viver.