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Francisco Barbosa: Cinturão Digital do Ceará: upgrade necessário
Opinião

Francisco Barbosa: Cinturão Digital do Ceará: upgrade necessário

O Cinturão Digital do Ceará possuía capacidade de 10 Gigabit por segundo quando começou. Em 2020, parte dos recursos conseguidos junto ao Banco Mundial foram disponibilizados para a atualização. A ideia é chegar a 400 Gigabit
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Em 2007, por iniciativa do então governador Cid Gomes, iniciou-se o projeto GigaFor-Gov, uma rede de alta velocidade, que conectou todos os órgãos de ensino e pesquisa, localizados na Região Metropolitana de Fortaleza. Projeto feito à época em parceria com a Redecomep, uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e com a Coelce (depois Enel) - que disponibiliza até hoje seus postes para passagem dos cabos.

A estabilidade demonstrada na GigaFor-Gov motivou o governo a buscar uma solução semelhante para estender o Cinturão Digital para todo o Ceará. A licitação foi feita em 2008 e o funcionamento iniciado em 2010. Iniciativa pioneira, o CDC é a maior rede pública de banda larga do Brasil com a qual a população cearense se beneficiou com aplicações de telemedicina, educação à distância, monitoramento de cargas nas fronteiras, câmeras de vigilância, entre outros serviços. Atualmente, o CDC possui uma extensão de 5.700km e chega em 133 dos 184 municípios do Estado.

A Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice) está participando, como gestora do Cinturão Digital do Ceará (CDC), do processo de transformação digital dos serviços do Governo do Ceará. A ideia é elevar a eficiência da administração pública e a qualidade das entregas para os cidadãos.

Boa parte dessa iniciativa está sendo feita por meio do Programa Ceará Mais Digital, executada pela Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag), com parte dos recursos oriundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A Etice será responsável pelo upgrade do CDC.

O Cinturão Digital do Ceará possuía capacidade de 10 Gigabit por segundo quando começou. Em 2019, foi apresentado projeto da Etice para upgrade do CDC. Em 2020, parte dos recursos conseguidos junto ao Banco Mundial foram disponibilizados para a atualização. A ideia é chegar a 400 Gigabit por segundo após a atualização.

Para tanto, serão comprados novos equipamentos, estabelecido um novo modelo de gestão e governança da rede e construído um Centro de Operação de Segurança (SOC, em inglês, Security Operation Central), responsável por políticas e soluções de cybersegurança. O Ceará será, cada vez mais, referência em integração digital no Brasil e no mundo.

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