Em uma fazenda da qual dona Elza cuidava, havia diversos animais, porém ela tinha um em específico que era seu favorito, o Papagaio. Este era um animal esperto e muito corajoso, inclusive possuía um porte físico anormal para sua espécie, já que era maior que o comum. Qualquer movimento diferente, o papagaio se manifestava como um espião e tratava de se impor aos visitantes.
Certo dia, o Papagaio estava descansando no alpendre da fazenda, quando chegou seu amigo Porco, muito agitado:
- Papagaio, tu não faz ideia do que está acontecendo!
- Desembucha, Porco! Não vê que estou descansando!
- Eu sei. Porém, estão comentando sobre um novo animal na fazenda: grande, feroz e valente. Dizem que ele irá tomar o teu lugar aqui. Se fosse eu, tomaria muito cuidado.
-Hahaha! Olhe para mim, eu não sou apenas um papagaio, eu sou o animal mais esperto e amedrontador da fazenda, e não haverá ninguém que tirará meu trono. Sou capaz de matar este ser infeliz que pensou em me causar medo.
O Porco retirou-se, e o Papagaio ficou pensando se realmente aquilo aconteceria. Até que a noite caiu. As vacas foram aos currais; cavalos, aos estábulos; porcos, ao chiqueiro; e lá estava o grande Papagaio, no alpendre, como de costume, prestes a dormir.
De repente, ouviu-se um barulho alto e estrondoso. Logo o Papagaio tremeu e engoliu em seco, imaginando que seria a fera valente de quem tanto falaram. Alguém parecia aproximar-se. Em seguida, a ave ouviu uma voz forte, próxima de si:
- Cadê você, Papagaio valente?
Tremendo de pavor, o Papagaio voou para o mais longe possível da fazenda. Toda a sua coragem e ego foram levados embora juntos com ele. E a fera? Era apenas um ratinho esperto, que não gostava do egocentrismo do Papagaio.
Moral: Cão que ladra não morde.