O presidente Trump insiste na proposição de construção de uma Riviera na região de Gaza que transformaria o espaço numa ancora para captação de investimentos e consequentemente desenvolvimento. O Turismo como atividade econômica talvez seja a estratégia mais adequada para transformação de terras arrasadas, tendo em vista que seria criado um ambiente artificial, um NÃO LUGAR no dizer do geógrafo Milton Santos.
O ministro árabe do turismo Ahmed Al Khatecb já afirmou que existem altos estudos de viabilidade para construção no deserto de cidades turísticas capaz de atrair 150 milhões de turistas de mercados retraídos. O príncipe Mohamed Bim Selman já disse e afirmou que a cidade turística no deserto é a menina de seus olhos. Os americanos construíram Las Vegas no deserto, construíram Parques Temáticos nos pântanos, projetos que deram certo. Trump pensa isto para Gaza.
Numa macro análise multisetorial do turismo a proposta de Trump vai de encontro as teorias e estudos de Bartoholo, Sansolo e Coriolano que defendem que a base local é a essência do produto turístico. Eliminar a natureza, a história, a cultura e a economia de um provo para implantar um exógeno modelo de turismo é um crime e extermínio de um ambiente de relações homem versus meio.
O turismo numa visão sistêmica de Beni, Leiber, Wahab e Cuervo deve ser considerado como fenômeno de visão holística e não somente de base econômica como quer Trump no caso de Gaza. Neste caso específico o foco está centrado prioritariamente na questão política, onde a destruição de Gasa tem o fim de contemplar a vontade de Benjamin Netanyahu de exterminar o Hamas e atacar a Palestina. Dentro de um contexto humanitário o projeto vai contra as ordens jurídica global. Neste contexto a professora doutora em turismo Dóris Ruschmann havia de perguntar: Trump combinou seu plano com a população de Gaza? Nos EUA, 65% reprovam, 21% aprovam (pesquisa CNN). Que a OMT tem a dizer do Projeto?
As políticas unilateralistas de Trump para analistas como Gilberto Costa da Agência Brasil não conseguirá resolver os conflitos internacionais sozinho. Além de limitado intelectualmente, a visão anacrônica de Trump causará severas feridas nas relações internacionais, sendo um império em declínio, já não tem a musculatura de ser a única força motriz planetária. Assim Rafael Cortez diz que a empolgação de Trump contrasta na atualidade como o poderio dos EUA no Mundo.