Cuidado, muito cuidado para não confundir Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.
O julgamento de Débora Rodrigues Santos, a cabeleireira que vandalizou a estátua "A Justiça" em 8 de janeiro de 2023, nos atos de depredação em Brasília, exige uma análise profunda das ações e consequências no âmbito do Estado de Direito. Essa reflexão se junta à percepção de que a justiça brasileira, muitas vezes, é mais severa com os menos favorecidos, que enfrentam barreiras para uma defesa adequada.
É um erro grave minimizar a tentativa de subversão da democracia, como o ato de pichar a estátua do STF, classificando-o como mero vandalismo. O Estado de Direito, pilar da democracia, exige respeito às leis e instituições.
Ações que desestabilizam a ordem democrática, incitam à violência e questionam a legitimidade eleitoral não são infrações menores. A tentativa de golpe, com seus financiadores, demanda uma resposta firme e proporcional, dentro da lei.
A democracia vai além de eleições; exige respeito aos direitos fundamentais, liberdade de expressão e alternância de poder. Ataques a instituições, como o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto ameaçam a estabilidade do país.
A responsabilização dos envolvidos é crucial para o Estado de Direito. A impunidade incentiva novas tentativas de subversão, enfraquecendo a democracia.
A sociedade deve defender a democracia contra a retórica golpista e a desinformação. A história mostra que a democracia é frágil e precisa de proteção constante. Não confundamos liberdade de expressão com incitação à violência. O Estado de Direito exige punição proporcional aos responsáveis.
Além disso, é vital que a justiça brasileira trate todos os acusados com igualdade, independente de sua condição social. A sociedade deve exigir justiça equânime, pois a seletividade corrói a democracia.
A caso da cabeleireira exige reflexão sobre a natureza dos atos e o tratamento judicial. É ilegal e inaceitável que a democracia e suas instituições representativas, ao contrário do que afirmou Eduardo Bolsonaro, sejam fechadas por um soldado e um cabo.