Pelas páginas de um livro, muitas histórias são contadas. Pelo nosso imaginário, muitas realidades são criadas. Por palavras ditas, por palavras escritas, mundos inteiros são construídos e também destruídos.
Mas… onde estavam as mulheres nestas páginas, nestas histórias contadas?
Por muitos anos, as mulheres foram interditadas ao livro, seja como leitoras, seja como escritoras.
As histórias contadas, as realidades criadas e os mundos construídos, por todos esses anos, tiveram, sempre, a escrita feita por homens.
Através da luta das mulheres e também do engajamento dos homens nesta luta, avançamos bastante. Mas também há ainda muito o que conquistar para que nós, mulheres, tenhamos espaços de igualdade, segurança e respeito.
De 4 a 13 de abril, o governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, realiza a XV Bienal Internacional do Livro do Ceará com uma curadoria inédita: totalmente feminina. Quatro mulheres em sua genialidade, diversidade, transversalidade: nina rizzi, Sarah Diva, Amara Moira e Truduá Odorico.
A Cultura é substantivo feminino, bem como a Literatura. Muito justo, então, nossa Bienal assumir sua mulheridade. Se na última edição tivemos a Mãe-Literatura nos inspirando, agora temos suas filhas para celebrar o debute: muitas, diversas, atemporais.
Se somos hoje, devemos reverenciar aquelas que vieram antes de nós, que abriram caminhos para trilharmos além.
Uma Bienal gratuita, diversa e democrática.
Para dar vez, voz, para dar vida às muitas versões de nós mulheres. Para ressignificar o fogo que outrora nos queimou e que hoje nos move. Transforma. Instiga.
Que o mundo conheça as histórias e a inteligência de tantas mulheres incríveis. Que a imaginação ganhe asas com o talento feminino.
E que os imaginários sejam inspirados com o sentimento de justiça, afeto e humanidade.