O julgamento de Bolsonaro e co-réus documentará o mais grave desvio de poder já ocorrido no Brasil, protagonizado por ministros do STF. Virão à tona fatos objetivos e graves distorções investigativas e processuais, que desmontam a narrativa de um suposto "golpe". Por exemplo:
1. Ainda presidente, Bolsonaro nomeou para o comando das Forças Armadas militares ligados ao então recém-eleito Lula. Que "golpista" entregaria o controle das Forças ao grupo político adversário?
2. Os inquéritos abertos pelo STF contra Bolsonaro, amplificados por parte da imprensa, não apresentaram provas concretas: o TCU reconheceu seu direito às joias, e o MP arquivou a acusação de fraude no cartão de vacinas por falta de elementos. Mesmo assim, tais suspeitas foram usadas para prender e forçar nove delações de Mauro Cid, obtidas sob pressão psicológica e ameaças à sua família - como revelado em vídeo - métodos incompatíveis com o devido processo legal.
3. O relatório de Moraes e a denúncia da PGR contêm erros grosseiros. Por exemplo: citam a presença de Filipe Martins em reuniões das quais ele sequer participou (algo facilmente verificável). Além disso, no relatório de 25 de março, Moraes ignorou a leitura da chamada "minuta do golpe" e descreveu como parte dela elementos que nem sequer constam no texto.
Também é fato que parte da grande imprensa é cúmplice desse processo. Beneficiada por verbas públicas e decisões que anularam dívidas, atua em sintonia com a narrativa "suprema" e compromete a liberdade de informação.
Exemplo recente: a omissão ou distorção sobre a manifestação por Anistia na Av. Paulista, em 6 de abril. Apesar da avenida tomada - acompanhei ao vivo pelas redes sociais -, veículos como a CNN exibiram imagens da manhã como se fossem da tarde. Uma farsa.
Cabe a cada cidadão honesto estar atento às revelações sobre abusos e à situação crítica dos atingidos pelo STF na construção da narrativa do falso golpe.
Se você, mal informado, apoiou tudo isso achando estar defendendo a democracia, talvez seja hora de repensar. Nenhuma causa justifica o enfraquecimento do Estado de Direito e o massacre de civis por autoritarismo judicial. Que a justiça real e o respeito à verdade superem qualquer agenda.