Neste ano de 2025, completar-se-ão sete anos que o artista plástico Claudio Cesar nos deixou, silenciando seu pincel colorido e nos privando de suas cores e do seu imaginário fantástico, que enriqueciam nosso cenário artístico. Sua presença constante nas vernissages preenchia, com todas as frequências e decibéis, os nossos espaços culturais, com sua galhofa.
Perdeu-se um gênio do desenho que, com seu traço bem definido, soube delinear versos figurativos que nos entrosavam com a nossa própria cultura, ao traduzir metáforas em imagens.
Partiu, nos deixando afetos que registrou em poesias, prosas e canções, além de centenas de obras em pintura, desenhos e esculturas, que estarão catalogadas em um livro biográfico e imagético, "O que Muitos Não Viram", lançado na abertura da exposição homônima. Cumpre-se, assim, parte do seu sonho de perpetuação da sua obra, um registro da sua trajetória e a imortalização do seu nome.
Para além de uma homenagem, o livro é um memorial de sua história, cuja pesquisa foi facilitada por diversas fontes deixadas por ele mesmo, numa espécie de testamento pessoal, que inclui textos autobiográficos, documentos pessoais e muitos registros fotográficos e jornalísticos, que muito contribuíram para a finalização deste livro póstumo, no qual me debrucei por meses, em um encontro íntimo com suas lembranças, suas emoções e suas dores. Honrada de ter sido testemunha dessa bela jornada de vida, pude revelar o lado mais real deste homem que lutou para viver a arte e da arte!
Traz também registros da crítica de arte e depoimentos de amigos e familiares. Juntamente com a Exposição "Fabricando Elefantes Todos os Dias", que aconteceu na UniFor em 2024, o lançamento do livro e Exposição "O que Muitos Não Viram", que ocorreu no Espaço Cultural Cegás, fazem parte das ações iniciais do Instituto Claudio Cesar, comandado por sua filha, Renata Guimarães, com curadoria de Andréa Dall'Olio. Juntas, formamos um trio que pretende manter vivas a memória e a arte de Claudio Cesar. E viva Claudio Cesar! n